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Forças Armadas ratificam apoio a Maduro por "ameaças" dos EUA

O governo dos EUA impôs ontem sanções diretas a Maduro, o que congela ativos do presidente no país e proíbe transações com americanos

Maduro: o ministro destacou que a Venezuela não recebe ordens, nem aceita ameaças de "potências e impérios estrangeiros (Marco Bello/Reuters)

Maduro: o ministro destacou que a Venezuela não recebe ordens, nem aceita ameaças de "potências e impérios estrangeiros (Marco Bello/Reuters)

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EFE

Publicado em 1 de agosto de 2017 às 17h56.

Caracas - A Força Armada Nacional Bolivariana da Venezuela (Fanb) ratificou nesta terça-feira seu "incondicional apoio" e "lealdade" ao presidente do país, Nicolás Maduro, diante das sanções que ele recebeu do governo dos Estados Unidos, o que considerou uma violação ao direito internacional.

"A Fanb se atém mais do que nunca à sua missão constitucionalmente atribuída, ratifica seu incondicional apoio e lealdade a nosso comandante em chefe e reitera o compromisso histórico de defender a soberania e independência nacional", diz um comunicado da Fanb que foi lido pelo ministro de Defesa, Vladimir Padrino.

No texto, as Forças Armadas alegam que o governo americano, "como parte da sua tradicional política intervencionista e imperialista", assume "atribuições extraterritoriais que violam flagrantemente princípios elementares do direito internacional".

"Com o desordenado propósito de minar a imagem do poder executivo nacional e, portanto, minar a institucionalidade, a governabilidade e a estabilidade do país", acrescentou.

Padrino destacou que a Venezuela não recebe ordens, nem aceita ameaças de "potências e impérios estrangeiros". Além disso, afirmou que a Fanb defenderão a todo custo os interesses do povo.

"Atuaremos sempre com a força da razão, o respeito à legalidade e aos direitos humanos", disse.

O governo dos EUA impôs ontem sanções diretas a Maduro. O presidente venezuelano teve o congelamento dos ativos que ele possa ter no país e proíbe as transações financeiras de cidadãos americanos com o líder do chavismo.

O Tribunal Supremo da Venezuela, por sua vez, considera que essas medidas têm como "único propósito" submeter o governo da Venezuela aos interesses imperialistas, afetando com isso a soberania e a autodeterminação dos povos.

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