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FMI: situação dos bancos europeus ameaça estabilidade mundial

Fundo considera que bancos da região estão atrasados em relação aos americanos e precisam encontrar uma forma de se financiarem

Vista do centro financeiro de Londres: Europa com problemas (Shaun Curry/AFP)

Vista do centro financeiro de Londres: Europa com problemas (Shaun Curry/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2011 às 18h10.

Washington - O estado precário dos bancos europeus é a principal ameaça à estabilidade do sistema financeiro mundial, exigindo capitais novos, advertiu nesta quarta-feira o Fundo Monetário Internacional (FMI), em seu "Relatório sobre a Estabilidade Financeira no Mundo".

No documento, o FMI analisou as tensões na Europa, entre os países que lutam por levantar suas finanças públicas e um setor bancário gravemente prejudicado pela crise financeira mundial.

"Muitas instituições financeiras, especialmente os bancos europeus mais frágeis, estão em meio a um torvelinho de dificuldades ligadas umas às outras, que intensificam o risco para o sistema em seu conjunto", assinalou o FMI.

Com a crise financeira, "os bancos buscaram elevar ao mesmo tempo a qualidade e a quantidade de seus fundos próprios, mas o progressos foram desiguais, pois os bancos europeus registravam geralmente um atraso em relação aos fundos americanos", recordou o FMI.

"A vulnerabilidade e as fragilidades estruturais que subsistem na zona euro constituem sempre riscos importantes se não forem resolvidos de maneira global", acrescentou.

Segundo o FMI, "nos próximos meses, o desafio mais urgente é o financiamento dos bancos e dos Estados, em especial certos países vulneráveis da zona euro".

"Os baixos níveis dos fundos próprios tornam alguns bancos alemães, bem como as poupanças italianas, portuguesas e espanholas em dificuldade, vulneráveis a novos choques", detalhou.

A Europa não escapará, segundo os especialistas do FMI, de uma reestruturação dos bancos não viáveis e de uma recapitalização. Além disso, "é provável que seja necessário que uma parte desse capital venha de fontes públicas", continuou.

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