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FMI alerta para superaquecimento em emergentes

Muitos países emergentes, incluindo a China, têm lutado para conter a inflação e controlar a forte entrada de capital para investimentos em suas economias

Emergentes podem ser a nova bolha, diz FMI (Daniel Berehulak/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2011 às 20h32.

Washington - As economias emergentes com rápido crescimento estão começando a mostrar sinais de superaquecimento, disse um funcionário de alto escalão do FMI na segunda-feira.

Muitos países emergentes, incluindo a China, têm lutado para conter a inflação e controlar a forte entrada de capital para investimentos em suas economias.

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Apesar de o fundo ter avisado há meses sobre o risco de pressão sobre os preços, os comentários do vice-diretor-gerente John Lipsky sugerem que o fundo vem visivelmente aumentando sua preocupação sobre o tema.

"Para as economias emergentes, crescendo a 6,5 a 7 por cento, suas margens de excesso de capacidade já foram amplamente usadas, e como resultado estamos começando a ver sinais incipientes de superaquecimento", disse Lipsky ao Reuters Insider em uma entrevista.

O aumento recente no preço do petróleo têm se somado ao problema inflacionário, mas Lipsky disse que o FMI não cortou sua projeção de crescimento global porque acredita que essa elevação será temporária.

Ele disse que até que os confrontos se estendessem à Líbia, que é produtora de petróleo, muito do aumento nos preços de petróleo no final de 2010 e no início de 2011 era um reflexo de uma melhora nas perspectivas econômicas.

Apesar disso, as preocupações recentes sobre interrupções na oferta geraram um "fator medo" que levou o barril do petróleo a superar a casa dos 100 dólares, e que, se sustentado, esse cenário poderia impor uma ameaça maior ao crescimento.

O aumento no preço dos alimentos também é visto como ameaça, particularmente em países de baixa renda onde a comida representa uma parcela maior dos orçamentos familiares. Os altos preços dos alimentos foram uma das muitas razões por trás das recentes revoltas no Egito e na Tunísia.

"Nós temos que nos preocupar até sobre países onde não há conflito político", disse Lipsky. "A tensão social e as dificuldades reais para os habitantes mais pobres em muitas economias é algo que tem de ser levado em consideração".

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