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Finlândia tem eleições presidenciais neste domingo em momento de tensão com a Rússia

Caso nenhum candidato alcance 50% dos votos neste domingo, o país organizará o segundo turno no dia 11 de fevereiro.

Caso nenhum candidato alcance 50% dos votos neste domingo, o país organizará o segundo turno no dia 11 de fevereiro. (Getty Images)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 28 de janeiro de 2024 às 10h10.

Os finlandeses comparecem às urnas neste domingo (28) para a eleição presidencial, um cargo que ganhou importância após o aumento da tensão com a vizinha Rússia desde o início da invasão da Ucrânia.

Emboras os poderes do presidente sejam limitados, o chefe de Estado – que é o comandante supremo das Forças Armadas – ajuda a direcionar a política externa com o governo.

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Dois políticos famosos são apontados como os favoritos entre os nove candidatos: o ex-primeiro-ministro Alexander Stubb (conservador) e o ex-primeiro-ministro Pekka Haavisto, do Partido Verde, que disputa a eleição como independente.

Outro nome forte na disputa é o candidato de extrema-direita Jussi Halla-aho, que segundo os analistas pode chegar ao segundo turno.

Os centros de votação abriram às 9h00 (4h00 de Brasília) e devem fechar as portas às 20h00 (15h00 de Brasília).

Para Hannu Kuusitie, eleitor que votou no centro de Helsinque, a Finlândia precisa de um presidente com "competência em termos de liderança, humanidade. Também terá que ser duro quando necessário".

Após a Guerra Fria, Helsinque manteve boas relações com Moscou, mas estas sofreram um abalo após a invasão russa da Ucrânia em 2022.

A Finlândia abandonou a tradicional política de não alinhamento militar e aderiu à Otan em abril de 2023. A Rússia, que tem uma fronteira 1.340 quilômetros com a Finlândia, alertou para possibilidade de adotar "contramedidas".

Em agosto do mesmo ano, a Finlândia registrou um grande fluxo de migrantes sem visto em sua fronteira leste, enviados, segundo Helsinque, por Moscou para desestabilizar o país.

Em novembro, a Finlândia decidiu fechar a fronteira com a Rússia.

Na quinta-feira, durante um debate exibido na televisão, Stubb afirmou que é necessário priorizar "a segurança da Finlândia" e seu principal rival, Haavisto, enfatizou que Helsinque deve "enviar uma mensagem muito clara à Rússia de que isto não pode continuar".

Todos os candidatos defendem a independência da Finlândia e seu novo papel como membro da Otan, destaca Hanna Wass, vice-reitora da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Helsinque.

Caso nenhum candidato alcance 50% dos votos neste domingo, o país organizará o segundo turno no dia 11 de fevereiro.

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