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Filha de Raúl Castro convoca dança contra homofobia

Os homossexuais foram reprimidos em Cuba nos primeiros anos do regime de Fidel Castro

Mariela Castro, filha do presidente de Cuba, Raúl Castro: "Somos herdeiros de uma cultura espanhola fortemente patriarcal, homofóbica, e muito discriminadora", afirmou. (Stephen Lam/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2013 às 13h13.

Havana - A sexóloga cubana Mariela Castro, filha do presidente Raúl Castro, convocou seus compatriotas a participar de uma "conga" - dança tradicional ao compasso de tambores e trombetas - que percorrerá, neste sábado, uma avenida de Havana, com o objetivo de chamar a atenção para a homofobia.

"Gostaríamos da participação da população, já que levaremos cartazes com mensagens, e se a população não estiver lá para recebê-los, então não estaremos fazendo nosso trabalho" contra a discriminação por orientação sexual, disse Mariela Castro ao jornal oficial Granma.

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Diretora do Centro Nacional de Educação Sexual (Cenesex), Mariela Castro desenvolve há anos uma cruzada a favor dos direitos dos homossexuais e lésbicas.

"Somos herdeiros de uma cultura espanhola fortemente patriarcal, homofóbica, e muito discriminadora. Tanto tempo de preconceito não consegue ser eliminado imediatamente", assegurou.

Os homossexuais foram reprimidos em Cuba nos primeiros anos do regime de Fidel Castro (a partir de 1959), que entregou o comando ao seu irmão Raúl por razões de saúde em 2006.

A conga forma parte das atividades da jornada nacional contra a homofobia, que teve início na quarta-feira e se prolongará até 18 de maio, e a novidade deste ano é a adesão do Instituto Nacional de Esportes.

"Historicamente, o esporte foi um espaço de exclusão por orientação sexual e identidade de gênero no mundo inteiro", disse a sexóloga.

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