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Fidel Castro não confia nos EUA, mas apoia solução pacífica

O ex-presidente cubano fez as declarações em uma mensagem enviada aos estudantes da Universidade de Havana

Fidel Castro: segundo ele, Cuba defenderá sempre "a cooperação e a amizade com todos os povos do mundo e, entre eles, os de nossos adversários políticos" (Alex Castro/Cuba Debate via Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2015 às 05h41.

Havana - O ex-presidente de Cuba , Fidel Castro, afirmou nesta segunda-feira, em mensagem aos estudantes da Universidade de Havana, que não confia na política dos Estados Unidos , mas apoiou a "solução pacífica" e "negociada" para os conflitos de acordo com as normas internacionais.

"Não confio na política dos Estados Unidos, nem troquei uma palavra com eles, sem que isso signifique, em absoluto, uma rejeição a uma solução pacífica dos conflitos ou perigos de guerra", disse Fidel Castro em mensagem lida pelo presidente da Federação Estudantil Universitária (FEU), Randy Perdomo, e que foi transmitida pela emissora de televisão estatal.

Em alusão ao restabelecimento de relações entre Cuba e EUA, Fidel Castro opinou que "o presidente de Cuba (Raúl Castro, seu irmão) deu os passos pertinentes de acordo com suas prerrogativas e as faculdades que lhe concedem a Assembleia Nacional e o Partido Comunista de Cuba".

"Defender a paz é um dever de todos. Qualquer solução pacífica e negociada para os problemas entre os Estados Unidos e os povos ou qualquer povo da América Latina, que não implique a coerção ou o uso da força, deverá ser tratada de acordo com os princípios e normas internacionais", acrescentou o líder da revolução cubana.

Além disso, acrescentou que Cuba defenderá sempre "a cooperação e a amizade com todos os povos do mundo e, entre eles, os de nossos adversários políticos. É o que estamos reivindicando para todos".

Está é a primeira vez que Fidel Castro se posiciona sobre a histórica aproximação diplomática entre Cuba e Estados Unidos, que estavam rompidas desde 1961.

O ex-presidente cubano não aparece em público desde janeiro de 2014 e suas últimas fotografias foram divulgadas em agosto por ocasião da visita do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

A mensagem de Fidel acontece três dias depois do término da primeira rodada de contatos oficiais entre Havana e Washington, realizados em Cuba nos dias 21 e 22 de janeiro, para traçar o roteiro da retomada de relações diplomáticas.

Castro, que tem 88 anos, deixou a presidência cubana por motivos de saúde em 2006, como ele mesmo lembrou hoje no início de sua mensagem para os universitários.

Após evocar seu ingresso na Universidade de Havana há 70 anos, assim como a influência que Karl Marx e Lênin exerceram sobre ele naquela época, Fidel aconselhou os estudantes que "as ideias revolucionárias devem estar sempre em guarda na medida em que a humanidade multiplique seus conhecimentos".

A mensagem do ex-presidente cubano foi lida em um ato realizado hoje na sala magna da Universidade de Havana, dois dias antes da comemoração do 162º aniversário de nascimento do herói da independência cubana, José Martí.

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Havana - O ex-presidente de Cuba , Fidel Castro, afirmou nesta segunda-feira, em mensagem aos estudantes da Universidade de Havana, que não confia na política dos Estados Unidos , mas apoiou a "solução pacífica" e "negociada" para os conflitos de acordo com as normas internacionais.

"Não confio na política dos Estados Unidos, nem troquei uma palavra com eles, sem que isso signifique, em absoluto, uma rejeição a uma solução pacífica dos conflitos ou perigos de guerra", disse Fidel Castro em mensagem lida pelo presidente da Federação Estudantil Universitária (FEU), Randy Perdomo, e que foi transmitida pela emissora de televisão estatal.

Em alusão ao restabelecimento de relações entre Cuba e EUA, Fidel Castro opinou que "o presidente de Cuba (Raúl Castro, seu irmão) deu os passos pertinentes de acordo com suas prerrogativas e as faculdades que lhe concedem a Assembleia Nacional e o Partido Comunista de Cuba".

"Defender a paz é um dever de todos. Qualquer solução pacífica e negociada para os problemas entre os Estados Unidos e os povos ou qualquer povo da América Latina, que não implique a coerção ou o uso da força, deverá ser tratada de acordo com os princípios e normas internacionais", acrescentou o líder da revolução cubana.

Além disso, acrescentou que Cuba defenderá sempre "a cooperação e a amizade com todos os povos do mundo e, entre eles, os de nossos adversários políticos. É o que estamos reivindicando para todos".

Está é a primeira vez que Fidel Castro se posiciona sobre a histórica aproximação diplomática entre Cuba e Estados Unidos, que estavam rompidas desde 1961.

O ex-presidente cubano não aparece em público desde janeiro de 2014 e suas últimas fotografias foram divulgadas em agosto por ocasião da visita do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

A mensagem de Fidel acontece três dias depois do término da primeira rodada de contatos oficiais entre Havana e Washington, realizados em Cuba nos dias 21 e 22 de janeiro, para traçar o roteiro da retomada de relações diplomáticas.

Castro, que tem 88 anos, deixou a presidência cubana por motivos de saúde em 2006, como ele mesmo lembrou hoje no início de sua mensagem para os universitários.

Após evocar seu ingresso na Universidade de Havana há 70 anos, assim como a influência que Karl Marx e Lênin exerceram sobre ele naquela época, Fidel aconselhou os estudantes que "as ideias revolucionárias devem estar sempre em guarda na medida em que a humanidade multiplique seus conhecimentos".

A mensagem do ex-presidente cubano foi lida em um ato realizado hoje na sala magna da Universidade de Havana, dois dias antes da comemoração do 162º aniversário de nascimento do herói da independência cubana, José Martí.

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