Ficar ou sair? Futuro do Reino Unido na UE é decidido hoje
Os britânicos só saberão o resultado deste histórico referendo no início da madrugada de sexta-feira
Da Redação
Publicado em 23 de junho de 2016 às 13h04.
Londres - Milhões de britânicos decidem nesta quinta-feira o futuro do Reino Unido na União Europeia em um referendo no qual é esperado um resultado muito apertado, segundo as últimas pesquisas.
Muitos eleitores, especialmente de Londres e do sul da Inglaterra, enfrentaram uma chuva torrencial para comparecer a seus locais de votação, alguns dos quais tiveram que ser realocados devido a inundações.
Como o referendo acontece em um dia útil, a maioria dos eleitores foi às urnas antes de ir para o trabalho ou optou por votar no horário do almoço ou depois da jornada laboral.
Apesar do mau tempo, hoje se espera um número recorde de participação, pois 46,5 milhões de pessoas se cadastraram para votar em um total de 382 zonas eleitorais.
Podem participar da consulta popular os cidadãos britânicos e irlandeses maiores de 18 anos que vivem no Reino Unido e os cidadãos da Comunidade Británica de Nações (Commonwealth) com residência permanente no país, assim como os britânicos que vivam no exterior há menos de 15 anos.
Segundo Marc Smith, que foi votar na região de Stockwell antes de começar sua jornada de trabalho na empresa de telecomunicações BT, "este referendo era necessário, porque as pessoas precisam ser parte do processo democrático".
Smith preferiu não revelar sua intenção de voto, mas Rachel Hlyes, uma jovem que segurava um café na saída do mesmo local de votação, disse à Efe que apoiaria a permanência.
O primeiro-ministro, David Cameron, prometeu convocar um plebiscito se ganhasse as eleições gerais em 2015 para responder às exigências dentro de seu próprio partido e tentar conter o avanço nas urnas do eurofóbico Partido da Independência do Reino Unido (UKIP).
Perto do parque infantil de Max Roach, também na região sul da capital britânica, o porteiro de um colégio eleitoral pede aos eleitores que se limpem bem os sapatos antes de entrarem para votar.
Lá, o aposentado Alfred Bhueya contou à Agência Efe que apoiará o "brexit" (acrônimo em inglês para saída do Reino Unido da UE), já que ele votou no referendo de 1975 para o país fazer parte da Comunidade Europeia, algo que só tem "lamentado desde então".
"Quero meu país como antes" disse, e acrescentando que a saída do Reino Unido ajudará a "controlar a imigração" e devolverá "a sobriedade" ao país.
Mas Steve Dore, um professor de história que quase não conseguiu votar porque não lembrava qual era seu colégio eleitoral, opinou o contrário: "Acho que se o Reino Unido votar por sair, acontecerá o mesmo que houve com a Espanha depois do Século de Ouro, ou seja, o país verá uma significativa perda de poder".
O também professor Divanio Clooks está de acordo com seu colega, pois considera que se o Reino Unido sair da União Europeia, "a libra vai se desvalorizar e haverá recessão".
Mas nem todos foram a votar cem por cento convencidos de sua decisão, como Tim Stern, um britânico que vive nos Estados Unidos.
"Antes tinha certeza que o melhor era sair da UE, mas um amigo me deu bons argumentos para permanecer e decidi votar nisso, mas depois outro colega me convenceu do contrário", afirmou, aos risos.
No resto do Reino Unido, a votação transcorre sem outras incidências além das provocadas pelo mau tempo.
Os britânicos só saberão o resultado deste histórico referendo no início da madrugada de sexta-feira.
Londres - Milhões de britânicos decidem nesta quinta-feira o futuro do Reino Unido na União Europeia em um referendo no qual é esperado um resultado muito apertado, segundo as últimas pesquisas.
Muitos eleitores, especialmente de Londres e do sul da Inglaterra, enfrentaram uma chuva torrencial para comparecer a seus locais de votação, alguns dos quais tiveram que ser realocados devido a inundações.
Como o referendo acontece em um dia útil, a maioria dos eleitores foi às urnas antes de ir para o trabalho ou optou por votar no horário do almoço ou depois da jornada laboral.
Apesar do mau tempo, hoje se espera um número recorde de participação, pois 46,5 milhões de pessoas se cadastraram para votar em um total de 382 zonas eleitorais.
Podem participar da consulta popular os cidadãos britânicos e irlandeses maiores de 18 anos que vivem no Reino Unido e os cidadãos da Comunidade Británica de Nações (Commonwealth) com residência permanente no país, assim como os britânicos que vivam no exterior há menos de 15 anos.
Segundo Marc Smith, que foi votar na região de Stockwell antes de começar sua jornada de trabalho na empresa de telecomunicações BT, "este referendo era necessário, porque as pessoas precisam ser parte do processo democrático".
Smith preferiu não revelar sua intenção de voto, mas Rachel Hlyes, uma jovem que segurava um café na saída do mesmo local de votação, disse à Efe que apoiaria a permanência.
O primeiro-ministro, David Cameron, prometeu convocar um plebiscito se ganhasse as eleições gerais em 2015 para responder às exigências dentro de seu próprio partido e tentar conter o avanço nas urnas do eurofóbico Partido da Independência do Reino Unido (UKIP).
Perto do parque infantil de Max Roach, também na região sul da capital britânica, o porteiro de um colégio eleitoral pede aos eleitores que se limpem bem os sapatos antes de entrarem para votar.
Lá, o aposentado Alfred Bhueya contou à Agência Efe que apoiará o "brexit" (acrônimo em inglês para saída do Reino Unido da UE), já que ele votou no referendo de 1975 para o país fazer parte da Comunidade Europeia, algo que só tem "lamentado desde então".
"Quero meu país como antes" disse, e acrescentando que a saída do Reino Unido ajudará a "controlar a imigração" e devolverá "a sobriedade" ao país.
Mas Steve Dore, um professor de história que quase não conseguiu votar porque não lembrava qual era seu colégio eleitoral, opinou o contrário: "Acho que se o Reino Unido votar por sair, acontecerá o mesmo que houve com a Espanha depois do Século de Ouro, ou seja, o país verá uma significativa perda de poder".
O também professor Divanio Clooks está de acordo com seu colega, pois considera que se o Reino Unido sair da União Europeia, "a libra vai se desvalorizar e haverá recessão".
Mas nem todos foram a votar cem por cento convencidos de sua decisão, como Tim Stern, um britânico que vive nos Estados Unidos.
"Antes tinha certeza que o melhor era sair da UE, mas um amigo me deu bons argumentos para permanecer e decidi votar nisso, mas depois outro colega me convenceu do contrário", afirmou, aos risos.
No resto do Reino Unido, a votação transcorre sem outras incidências além das provocadas pelo mau tempo.
Os britânicos só saberão o resultado deste histórico referendo no início da madrugada de sexta-feira.