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Festas de Ano Novo sob forte segurança ao redor do mundo

Em Bruxelas, onde mais seis pessoas foram presas após ameaças de ataques durante as festas de fim de ano, as comemorações públicas foram canceladas

Ano novo: apesar das ameaças, multidões devem ocupar as ruas de várias cidades no mundo para celebrar a meia-noite com queimas de fogos de artifício (Yves Herman / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 31 de dezembro de 2015 às 13h30.

O mundo se prepara para celebrar a chegada do Ano Novo sob forte segurança, especialmente na Europa , devido a um aumento do risco terrorista poucas semanas após os ataques que ensanguentaram Paris.

Em Bruxelas, onde mais seis pessoas foram presas nesta quinta-feira após ameaças de ataques durante as festas de fim de ano, as comemorações públicas foram canceladas.

A capital francesa, que ainda se recupera dos massacres de 13 de novembro (130 mortos), prevê, por sua vez, um forte esquema de segurança, com um grande número de policiais e militares mobilizados para a virada do ano.

Apesar das ameaças, multidões devem ocupar as ruas de várias cidades na Ásia, Oriente Médio, África, Europa e Américas, para celebrar a meia-noite com queimas de fogos de artifício, concertos e espetáculos de luz.

O fuso horário fez com que as comemorações começassem com os efeitos pirotécnicos sobre o Opera House e o Sydney Harbour Bridge, o primeiro grande espetáculo do Ano Novo.

A maior cidade da Austrália, onde os primeiros fogos de artifício foram lançados às 21h00 (7h00 de Brasília), investiu este ano sete milhões de dólares australianos (4,6 milhões de euros) para 12 minutos de espetáculo.

"Fica melhor a cada ano", assegurou o prefeito de Sydney, Clover Moore, que prometeu 2.400 fogos e mais sobre o Sydney Harbour Bridge e uma "infinidade de novos efeitos". No total, sete toneladas de fogos serão lançados.

Em Hong Kong, Pequim, Cingapura e outras megacidades asiáticas estão na briga. Mas a noite vai ser muito sóbria em Brunei, um pequeno sultanato de Bornéu, onde a lei islâmica proíbe qualquer celebração.

Em todo o mundo, a passagem para 2016 será acompanhada por medidas de segurança drásticas. Este é o caso na Ásia de Jacarta, onde as autoridades frustraram recentemente um projeto de atentado suicida planejado para a noite de Ano Novo.

Isto é ainda mais evidente numa Europa ainda traumatizada pelos ataques jihadistas em Paris. A capital francesa não terá a tradicional queima de fogos de artifícios, por uma "questão de decência", de acordo com a comitiva da prefeita Anne Hidalgo.

A tradicional festa de Ano Novo será mantida no Champs-Elysées, mas de forma sóbria e com 1.600 policiais mobilizados.

O presidente François Hollande deverá expressar sua "determinação para fazer de tudo para proteger os franceses", em votos cheios de "seriedade e solenidade", de acordo com sua comitiva.

"Paris está de pé"

Cerca de 11 mil agentes - policiais, militares, bombeiros - contra 9.000 em 2014, serão mobilizados na capital francesa e seus arredores.

"Nós não poderíamos fazer nada (...) Depois do que a nossa cidade viveu, é preciso enviar um sinal para o mundo. Paris está de pé", declarou Hidalgo ao Journal du Dimanche.

"É melhor não arriscar", explicou, por sua vez, o prefeito de Bruxelas, Yvan Mayeur, anunciando na quarta-feira o cancelamento dos fogos de artifício esperados no centro da cidade.

Em muitos outros países, as forças de segurança foram colocadas em estado de alerta, como na Turquia, onde um ataque suicida foi frustrado em Ancara.

Em Moscou, a emblemática Praça Vermelha, tradicional local de encontro para o Ano Novo, será este ano, pela primeira vez, fechada ao público no momento do reveillon, novamente devido a temores de ataques.

Em Madri, onde um dispositivo de segurança sem precedentes foi anunciado, a polícia vai limitar a 25.000 o número de pessoas com permissão a ir para a Puerta del Sol, enquanto em Londres cerca de 3.000 policiais serão mobilizados para os fogos de artifício nas margens do Tâmisa.

Em Berlim, a chanceler Angela Merkel se mantém firme em sua política de abertura aos migrantes, dizendo em seus votos de Ano Novo que seu fluxo é "uma oportunidade" para a Alemanha.

Em Viena, o maestro letão Jansons, que dirigirá o famoso concerto de Ano Novo, promete um programa com "frescor" e "novidades", além das mais clássicas valsas.

No Cairo, onde as autoridades tentam desesperadamente atrair de volta os turistas, as principais celebrações estão previstas em frente às pirâmides, com muitos artistas convidados.

Na vizinha Faixa de Gaza, o Hamas proibiu as celebrações do Ano Novo em locais públicos, evocando uma ofensa aos "valores e tradições religiosas".

Freetown, capital de Serra Leoa, um dos países do Oeste Africano mais afetados pelo surto de Ebola, fará de tudo para voltar à lista das melhores festas de fim de ano da área.

Há 12 meses, as ruas da cidade estavam completamente vazias devido ao vírus.

Em Nova York, um milhão de pessoas são esperadas, com um importante dispositivo de segurança, na Times Square, onde vão se apresentar Demi Lovato e Jessie J.

E, por fim, dois milhões de pessoas são esperadas na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, para iniciar um 2016 cheio de expectativas com a realização dos Jogos Olímpicos.

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O mundo se prepara para celebrar a chegada do Ano Novo sob forte segurança, especialmente na Europa , devido a um aumento do risco terrorista poucas semanas após os ataques que ensanguentaram Paris.

Em Bruxelas, onde mais seis pessoas foram presas nesta quinta-feira após ameaças de ataques durante as festas de fim de ano, as comemorações públicas foram canceladas.

A capital francesa, que ainda se recupera dos massacres de 13 de novembro (130 mortos), prevê, por sua vez, um forte esquema de segurança, com um grande número de policiais e militares mobilizados para a virada do ano.

Apesar das ameaças, multidões devem ocupar as ruas de várias cidades na Ásia, Oriente Médio, África, Europa e Américas, para celebrar a meia-noite com queimas de fogos de artifício, concertos e espetáculos de luz.

O fuso horário fez com que as comemorações começassem com os efeitos pirotécnicos sobre o Opera House e o Sydney Harbour Bridge, o primeiro grande espetáculo do Ano Novo.

A maior cidade da Austrália, onde os primeiros fogos de artifício foram lançados às 21h00 (7h00 de Brasília), investiu este ano sete milhões de dólares australianos (4,6 milhões de euros) para 12 minutos de espetáculo.

"Fica melhor a cada ano", assegurou o prefeito de Sydney, Clover Moore, que prometeu 2.400 fogos e mais sobre o Sydney Harbour Bridge e uma "infinidade de novos efeitos". No total, sete toneladas de fogos serão lançados.

Em Hong Kong, Pequim, Cingapura e outras megacidades asiáticas estão na briga. Mas a noite vai ser muito sóbria em Brunei, um pequeno sultanato de Bornéu, onde a lei islâmica proíbe qualquer celebração.

Em todo o mundo, a passagem para 2016 será acompanhada por medidas de segurança drásticas. Este é o caso na Ásia de Jacarta, onde as autoridades frustraram recentemente um projeto de atentado suicida planejado para a noite de Ano Novo.

Isto é ainda mais evidente numa Europa ainda traumatizada pelos ataques jihadistas em Paris. A capital francesa não terá a tradicional queima de fogos de artifícios, por uma "questão de decência", de acordo com a comitiva da prefeita Anne Hidalgo.

A tradicional festa de Ano Novo será mantida no Champs-Elysées, mas de forma sóbria e com 1.600 policiais mobilizados.

O presidente François Hollande deverá expressar sua "determinação para fazer de tudo para proteger os franceses", em votos cheios de "seriedade e solenidade", de acordo com sua comitiva.

"Paris está de pé"

Cerca de 11 mil agentes - policiais, militares, bombeiros - contra 9.000 em 2014, serão mobilizados na capital francesa e seus arredores.

"Nós não poderíamos fazer nada (...) Depois do que a nossa cidade viveu, é preciso enviar um sinal para o mundo. Paris está de pé", declarou Hidalgo ao Journal du Dimanche.

"É melhor não arriscar", explicou, por sua vez, o prefeito de Bruxelas, Yvan Mayeur, anunciando na quarta-feira o cancelamento dos fogos de artifício esperados no centro da cidade.

Em muitos outros países, as forças de segurança foram colocadas em estado de alerta, como na Turquia, onde um ataque suicida foi frustrado em Ancara.

Em Moscou, a emblemática Praça Vermelha, tradicional local de encontro para o Ano Novo, será este ano, pela primeira vez, fechada ao público no momento do reveillon, novamente devido a temores de ataques.

Em Madri, onde um dispositivo de segurança sem precedentes foi anunciado, a polícia vai limitar a 25.000 o número de pessoas com permissão a ir para a Puerta del Sol, enquanto em Londres cerca de 3.000 policiais serão mobilizados para os fogos de artifício nas margens do Tâmisa.

Em Berlim, a chanceler Angela Merkel se mantém firme em sua política de abertura aos migrantes, dizendo em seus votos de Ano Novo que seu fluxo é "uma oportunidade" para a Alemanha.

Em Viena, o maestro letão Jansons, que dirigirá o famoso concerto de Ano Novo, promete um programa com "frescor" e "novidades", além das mais clássicas valsas.

No Cairo, onde as autoridades tentam desesperadamente atrair de volta os turistas, as principais celebrações estão previstas em frente às pirâmides, com muitos artistas convidados.

Na vizinha Faixa de Gaza, o Hamas proibiu as celebrações do Ano Novo em locais públicos, evocando uma ofensa aos "valores e tradições religiosas".

Freetown, capital de Serra Leoa, um dos países do Oeste Africano mais afetados pelo surto de Ebola, fará de tudo para voltar à lista das melhores festas de fim de ano da área.

Há 12 meses, as ruas da cidade estavam completamente vazias devido ao vírus.

Em Nova York, um milhão de pessoas são esperadas, com um importante dispositivo de segurança, na Times Square, onde vão se apresentar Demi Lovato e Jessie J.

E, por fim, dois milhões de pessoas são esperadas na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, para iniciar um 2016 cheio de expectativas com a realização dos Jogos Olímpicos.

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