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Farc iniciam novo cessar-fogo por eleições colombianas

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia iniciaram hoje um novo período de cessar-fogo unilateral por ocasião do segundo turno das eleições

Soldados das Farc, na Colômbia: eleições serão no próximo domingo (Serdechny / Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2014 às 12h38.

Bogotá - As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia ( Farc ) iniciaram nesta segunda-feira um novo período de cessar-fogo unilateral por ocasião do segundo turno das eleições presidenciais do próximo domingo, sem que nas primeiras horas tenha sido registrado qualquer incidente.

O chefe máximo da primeira guerrilha na Colômbia, Rodrigo Londoño, conhecido como "Timoleón Jiménez" ou "Timochenko", anunciou no sábado a decisão do grupo insurgente de declarar um cessar-fogo com o qual se cumpriu com rigor na primeira votação de 25 de março durante dez dias.

Segundo "Timochenko", as unidades guerrilheiras "estão inteiradas da suspensão de ações ofensivas contra as forças inimigas e a infraestrutura estatal a partir da meia-noite da segunda-feira 9 de junho, e até as 24h do dia 30 de junho de 2014".

Nas primeiras horas de cessação da atividade armada das Farc não foram registrados ataques contra a polícia nem atentados contra a infraestrutura, segundo as autoridades.

Na ocasião, o Exército de Libertação Nacional (ELN) decidiu não acompanhar as Farc porque considera que a polícia aproveita esses períodos de cessar-fogo "para tirar vantagens militares contra" as guerrilhas.

O ELN alega que, quando tentam se defender de alguma operação militar, as Forças Armadas "se antecipam a denunciar que é a insurgência que está violando seu compromisso e não está cumprindo sua palavra".

No próximo domingo, os colombianos irão às urnas para decidir se o presidente Juan Manuel Santos continua por mais quatro anos como chefe de Estado ou se escolhem o opositor Óscar Iván Zuluaga, do movimento uribista Centro Democrático.

O quê: eleições parlamentares Quando: abrilO atual primeiro-ministro, Nouri al-Maliki, está de olho em um terceiro mandato depois do Supremo Tribunal Federal iraquiano derrubar a lei que limitava os mandatos a dois.Maliki não tem a maioria das províncias depois das eleições regionais de 2013, o que o enfraquece. Por outro lado, os vários opositores podem decidir que mantê-lo no cargo é melhor do que uma mudança que aumentaria a instabilidade.O novo líder terá de enfrentar um Iraque muito violento: desde 2008 a violência não era tão grande. Em 2013, foram quase 9 mil assassinatos.
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    2 /4(MUSTAFA OZER/AFP/Getty Images)

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    O quê: eleições presidenciais Quando: agosto Após um 2013 marcado por violentos protestos, os turcos terão a sua primeira eleição direta para presidente da história. O atual primeiro-ministro, Recep Erdogan, alvo dos protestos, pode largar o seu cargo para concorrer. É que seu terceiro e legalmente último mandato acaba em 2015. Ele pode largar o trabalho no meio para tentar se perpetuar no poder de outra maneira. E, não por coincidência, seu partido fala em reformar a Constituição para dar mais poderes ao presidente.
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    3 /4(EVARISTO SA/AFP/Getty Images)

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    4 /4(STR/AFP/Getty Images)

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