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FAO lança alerta por retorno de doença que destrói bananeira

Organização da ONU convocou a comunidade internacional a tomar medidas diante do retorno de uma das doenças que mais destroem a bananeira

Bananas à venda: doença se propagou em vários países da Ásia, África e Oriente Médio, e ameaça a produção na América Latina (Carl Court/AFP)

Bananas à venda: doença se propagou em vários países da Ásia, África e Oriente Médio, e ameaça a produção na América Latina (Carl Court/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2014 às 11h33.

Roma - A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) convocou nesta segunda-feira a comunidade internacional a tomar medidas urgentes diante do retorno de uma das doenças que mais destroem a bananeira, e que ameaça a produção na América Latina.

A grave doença, conhecida como "mal do Panamá" ou murcha por Fusarium TR4 ("Fusariose"), se propagou recentemente em vários países da Ásia, África e Oriente Médio, mas até o momento não atingiu a Colômbia ou o Equador, os maiores exportadores da América Latina, declarou em um comunicado a agência especializada das Nações Unidas.

"A FAO convoca os países produtores de banana a intensificar a vigilância, a notificação e a prevenção de uma das doenças mais destrutivas da bananeira", informa a nota.

A "fusariose", que murcha progressivamente as folhas da bananeira, penetra através das raízes e é muito resistente aos fungicidas.

A doença "pode ter sérias consequências para os produtores, os intermediários e as famílias que vivem disso", indicou Fazil Dusunceli, fitopatologista da FAO.

Para Gianluca Gondolini, secretário do Fórum Mundial Bananeiro, que promove o comércio sustentável da banana, "qualquer doença ou problema que afete as bananas atinge uma importante fonte de alimentos, de meios de vida, de emprego e renda pública de muitos países tropicais", disse.

A banana é o oitavo cultivo alimentar mais importante do mundo e o quarto cultivo alimentar entre os países menos desenvolvidos, segundo o serviço de coleta e análise de dados da agência da ONU.

"Os países devem agir imediatamente se quisermos evitar o pior dos cenários: a destruição maciça de grande parte dos cultivos de banana do mundo", advertiu a FAO, cuja sede central se localiza em Roma.

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