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Família sequestrada no Afeganistão há cinco anos é libertada

Criminosos mataram a filha do casal; mulher estava grávida no momento do sequestro e teve quatro filhos no cativeiro

Afeganistão: homem sequestrado disse que estava no país para ajudar os moradores "que vivem no interior controlado pelo Taleban, onde nenhuma ONG, nenhum trabalhador da ajuda humanitária e nenhum governo conseguiu levar ajuda" (Milenius/Thinkstock)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de outubro de 2017 às 10h15.

Toronto - Uma família mantida refém por cinco anos pelo grupo insurgente Rede Haqqani no Afeganistão, resgatada esta semana por forças paquistanesas, chegou na noite desta sexta-feira ao Canadá. Pouco após o pouso, o ex-refém Joshua Boyle afirmou que os sequestradores mataram sua filha e estupraram sua esposa, Caitlan Coleman, durante os cinco anos em que eles foram mantidos em cativeiro.

O casal foi resgatado nesta quarta-feira, cinco anos depois de terem sido sequestrados pela rede extremista ligada aos talebans, enquanto atravessavam o Afeganistão como parte de uma viagem. Coleman estava grávida no momento e teve quatro filhos no cativeiro.

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"A estupidez e o mal do sequestro, pela Rede Haqqani, de um peregrino e sua esposa grávida que ajudavam aldeões comuns em regiões controladas pelo Taleban do Afeganistão foram ofuscadas apenas pela estupidez e o mal de autorizar o assassinato da minha filha", disse.

Boyle afirmou que sua esposa foi estuprada por um guarda que foi auxiliado por seus superiores. Ele pediu que o governo afegão os leve à Justiça. "Se Deus quiser, essa litania de estupidez será o epitáfio da Rede Haqqani". Ele disse que estava no Afeganistão para ajudar os moradores "que vivem no interior do Afeganistão controlado pelo Taleban, onde nenhuma ONG, nenhum trabalhador da ajuda humanitária e nenhum governo conseguiu levar ajuda humanitária".

O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Paquistão, Nafees Zakaria, disse que a invasão paquistanesa que levou ao resgate da família foi feita com base em uma indicação da inteligência norte-americana e mostra que o Paquistão atuará contra o "inimigo comum" quando Washington compartilhar informações.

Autoridades norte-americanas acusaram o Paquistão de ignorar grupos como a Rede Haqqani, que consideram uma organização terrorista. Mas o grupo Haqqani também opera como uma rede criminosa. Ao contrário do grupo do Estado Islâmico, a Rede Haqqani normalmente não executa reféns ocidentais, preferindo pedir um resgate em dinheiro.

Fonte: Associated Press

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