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Explosão de casos de covid na China começou antes do relaxamento de medidas, afima OMS

Milhões de idosos não foram vacinados e muitos hospitais não conseguem enfrentar o aumento do número de pacientes com o novo coronavírus, devido à falta de recursos

A worker in protective gear swabs a resident at a Covid-19 testing facility in Shanghai, China, on Friday, Dec. 2, 2022. China's top leaders will likely signal a more pragmatic approach toward Covid controls at a key upcoming meeting while putting more focus on boosting economic growth, economists say. Photographer: Qilai Shen/Bloomberg (Qilai Shen/Bloomberg)
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AFP

Publicado em 14 de dezembro de 2022 às 17h49.

Última atualização em 14 de dezembro de 2022 às 18h06.

A disparada dos casos de covid-19 na China começou antes de o governo decidir relaxar as medidas de restrição, afirmou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quarta-feira, 14.

Segundo autoridades chinesas, os casos começaram a aumentar em Pequim depois que o governo abandonou abruptamente sua política de "covid zero", após quase três anos de testes em massa da população e quarentenas sistemáticas.

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"A explosão dos casos na China não se deve ao levantamento das restrições, começou muito antes de a política de covid zero ser relaxada", afirmou em Genebra o diretor executivo de Emergências da OMS, Michael Ryan.

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“A doença alastrava-se com intensidade porque as medidas de controle por si próprias não a estavam detendo", argumentou Ryan. “Acredito que as autoridades chinesas tenham decidido estrategicamente que, para elas, essa já não era a melhor opção", acrescentou, referindo-se às duras restrições em vigor até recentemente.

Após protestos populares em várias cidades chinesas contra a política de covid zero, que chegaram a mirar no presidente Xi Jinping, o governo de Pequim decidiu manter o relaxamento das medidas, apesar do grande aumento do número de casos.

Milhões de idosos não foram vacinados e muitos hospitais não conseguem enfrentar o aumento do número de pacientes com o novo coronavírus, devido à falta de recursos.

Autoridades sanitárias chinesas declararam nesta quarta que a dimensão do surto atual é impossível de determinar.

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