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Exército sírio mata 23 civis e cresce indignação por massacre

De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), nove mulheres e três crianças estão entre as 17 vítimas

Mais de 13.500 pessoas foram assassinadas desde o início da revolta popular há 15 meses (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2012 às 10h00.

Damasco - O Exército sírio matou neste sábado pelo menos 23 civis, 17 deles na cidade de Deraa (sul), ao mesmo tempo que aumenta a indignação pelo massacre no vilarejo de Al-Kubeir.

Os observadores da ONU que visitaram Al Kubeir, perto da cidade de Hama, afirmaram ter visto manchas de sangue nas paredes e que sentiram um "forte cheiro de carne queimada", o que levou os países ocidentais a pedir novas sanções contra o governo sírio.

De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), nove mulheres e três crianças estão entre as 17 vítimas de um bombardeio a uma zona residencial de Deraa.

Dezenas de pessoas ficaram feridas, algumas delas em estado grave, em uma cidade considerada o berço dos protestos contra o presidente Bashar al-Assad, também de acordo com o OSDH.

Em Homs, forças do governo atacaram diversos bairros durante a manhã de sábado, em uma tentativa de retomar o controle da região. Seis pessoas morreram nos disparos de artilharia.

Em Nova York, diplomatas informaram que representantes da Grã-Bretanha, França e Estados Unidos trabalhavam no texto de um projeto de resolução do Conselho de Segurança da ONU para propor a adoção de sanções contra a Síria .

"Vamos agir de maneira rápida para pressionar por uma resolução", afirmou à AFP uma fonte diplomática. Mas a Rússia, aliada da Síria, destacou que não autorizará o uso da força contra Damasco.

"Não vamos autorizar o Conselho de Segurança da ONU a recorrer à força", declarou o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, que chamou a possibilidade de "catastrófica". Ele também afirmou que não existe alternativa ao plano do emissário Kofi Annan.

Vinte observadores da ONU receberam autorização para entrar na sexta-feira em Al-Kubeir, um dia depois de um ataque a tiros contra o comboio das Nações Unidas.


Dentro de algumas casas o sangue era visível nas paredes e pisos. "Algumas residências ainda estavam em chamas e havia um forte cheiro de carne queimada", afirmou o porta-voz da ONU, Martin Nesirky, em Nova York, ao narrar a visita. Segundo o OSDH, pelo menos 55 pessoas morreram na quarta-feira em Al-Kubeir.

Funcionários da ONU admitiram a incapacidade de confirmar o balanço, mas insistiram em manifestar a suspeita de que as forças governamentais e as milícias leais ao governo foram responsáveis pelos ataques no vilarejo, de maioria sunita mas cercada de alauitas ligadas a Assad.

"Marcas de veículos blindados eram visíveis na região. Algumas casas foram destruídas por foguetes, granadas e munição de alto calibre", disse Nesirky.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou ao Conselho de Segurança que, de acordo com evidências preliminares, tropas governamentais cercaram Al-Kubeir e permitiram a entrada de milícias que mataram civis de forma "bárbara".

O governo sírio negou qualquer responsabilidade no episódio e atribuiu o massacre a "terroristas" apoiados por forças do exterior.

Na sexta-feira, a violência deixou 68 mortos em todo o país, incluindo 36 civis, segundo o OSDH. Mais de 13.500 pessoas foram assassinadas desde o início da revolta popular há 15 meses.

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Damasco - O Exército sírio matou neste sábado pelo menos 23 civis, 17 deles na cidade de Deraa (sul), ao mesmo tempo que aumenta a indignação pelo massacre no vilarejo de Al-Kubeir.

Os observadores da ONU que visitaram Al Kubeir, perto da cidade de Hama, afirmaram ter visto manchas de sangue nas paredes e que sentiram um "forte cheiro de carne queimada", o que levou os países ocidentais a pedir novas sanções contra o governo sírio.

De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), nove mulheres e três crianças estão entre as 17 vítimas de um bombardeio a uma zona residencial de Deraa.

Dezenas de pessoas ficaram feridas, algumas delas em estado grave, em uma cidade considerada o berço dos protestos contra o presidente Bashar al-Assad, também de acordo com o OSDH.

Em Homs, forças do governo atacaram diversos bairros durante a manhã de sábado, em uma tentativa de retomar o controle da região. Seis pessoas morreram nos disparos de artilharia.

Em Nova York, diplomatas informaram que representantes da Grã-Bretanha, França e Estados Unidos trabalhavam no texto de um projeto de resolução do Conselho de Segurança da ONU para propor a adoção de sanções contra a Síria .

"Vamos agir de maneira rápida para pressionar por uma resolução", afirmou à AFP uma fonte diplomática. Mas a Rússia, aliada da Síria, destacou que não autorizará o uso da força contra Damasco.

"Não vamos autorizar o Conselho de Segurança da ONU a recorrer à força", declarou o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, que chamou a possibilidade de "catastrófica". Ele também afirmou que não existe alternativa ao plano do emissário Kofi Annan.

Vinte observadores da ONU receberam autorização para entrar na sexta-feira em Al-Kubeir, um dia depois de um ataque a tiros contra o comboio das Nações Unidas.


Dentro de algumas casas o sangue era visível nas paredes e pisos. "Algumas residências ainda estavam em chamas e havia um forte cheiro de carne queimada", afirmou o porta-voz da ONU, Martin Nesirky, em Nova York, ao narrar a visita. Segundo o OSDH, pelo menos 55 pessoas morreram na quarta-feira em Al-Kubeir.

Funcionários da ONU admitiram a incapacidade de confirmar o balanço, mas insistiram em manifestar a suspeita de que as forças governamentais e as milícias leais ao governo foram responsáveis pelos ataques no vilarejo, de maioria sunita mas cercada de alauitas ligadas a Assad.

"Marcas de veículos blindados eram visíveis na região. Algumas casas foram destruídas por foguetes, granadas e munição de alto calibre", disse Nesirky.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou ao Conselho de Segurança que, de acordo com evidências preliminares, tropas governamentais cercaram Al-Kubeir e permitiram a entrada de milícias que mataram civis de forma "bárbara".

O governo sírio negou qualquer responsabilidade no episódio e atribuiu o massacre a "terroristas" apoiados por forças do exterior.

Na sexta-feira, a violência deixou 68 mortos em todo o país, incluindo 36 civis, segundo o OSDH. Mais de 13.500 pessoas foram assassinadas desde o início da revolta popular há 15 meses.

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