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Ex-vice-presidente do Equador é hospitalizado após fazer greve de fome na prisão

Jorge Glas 'sofreu uma possível descompensação por sua recusa em consumir os alimentos fornecidos', disseram as autoridades equatorianas em comunicado

Glas: um dos políticos mais poderosos do Equador, foi vice do esquerdista (2007-2017), exilado na Bélgica após ser condenado em seu país por corrupção (AFP Photo)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 8 de abril de 2024 às 20h22.

O ex-vice-presidente doEquador, Jorge Glas, preso na última sexta-feira em uma invasão policial na embaixada doMéxicoem Quito,foi hospitalizado nesta segunda-feira por se negar a comer na prisão de segurança máxima "La Roca" (A Rocha), em Guayaquil, para onde foi levado, informou o serviço penitenciário.

Glas, de 54 anos, a quem o México concedeu asilo, "sofreu uma possível descompensação por sua recusa em consumir os alimentos fornecidos" na prisão, indicou em um comunicado o serviço penitenciário. O ex-funcionário está "estável e permanecerá em observação" médica por algumas horas, acrescentou.

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Um dos políticos mais poderosos do Equador, Glas foi vice do esquerdista (2007-2017), exilado na Bélgica após ser condenado em seu país por corrupção. Ele estava na embaixada mexicana desde dezembro, e foi detido na incomum invasão ao prédio, o que levou ao rompimento das relações diplomáticas entre os países e provocou forte reação da comunidade internacional.

Entenda o caso e a crise diplomática

Glas se refugiou na Embaixada do México para evitar voltar à prisão – onde ficou por cinco anos por associação criminosa e suborno no caso Odebrecht e acusações de que ele havia entregado o controle da mídia estatal a “representantes da mídia privada” e tinha “uma maneira perversa de lidar com dados econômicos”. O ex-vice buscou refugiou no âmbito da investigação por um suposto crime de peculato, do qual é acusado de desviar fundos públicos que deveriam ser destinados à reconstrução das províncias de Manabí e Esmeraldas, afetadas pelo terremoto de 2016.

O México, que por um século recebeu perseguidos políticos de diferentes países, só havia rompido relações com a Espanha de Francisco Franco, o Chile de Pinochet e a Nicarágua de Anastasio Somoza. Na esteira dos eventos, Bolívia e Nicarágua também romperam relações com o país.

O repúdio regional ao ataque foi quase unânime. A Organização dos Estados Americanos (OEA), o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, o colombiano, Gustavo Petro, o chileno, Gabriel Boric, e até mesmo o argentino, Javier Milei, que teve discussões acaloradas com López Obrador, ficaram do lado do México.

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