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Ex-presidente do Peru passou 1ª noite livre em uma casa luxuosa

O ex-governante teve alta da clínica Centenário ontem, onde esteve internado durante 12 dias por problemas cardíacos

Alberto Fujimori: ele foi sentenciado em 2009 a 25 anos de prisão pela autoria dos massacres de Bairros Altos e La Cantuta (Mariana Bazo/Reuters)
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EFE

Publicado em 5 de janeiro de 2018 às 15h42.

Lima - O ex-presidente peruano Alberto Fujimori (1990-2000), que recebeu um indulto em 24 de dezembro, passou sua primeira noite em liberdade em uma luxuosa casa em Lima, que tem um aluguel de US$ 5 mil por mês, e protegido por um contingente policial, segundo reportou nesta sexta-feira a imprensa local.

Fujimori, de 79 anos, se reuniu na quinta-feira durante a noite com seus quatro filhos em uma casa de 1,9 mil metros quadrados, com cinco dormitórios, vários banheiros, piscina e estacionamento para quatro veículos.

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A residência, rodeada de amplos jardins, está localizada em um condomínio fechado em La Estancia, no exclusivo distrito de La Molina, e o acesso ficou mais restrito ainda por conta do contingente policial antidistúrbios.

O ex-governante teve alta da clínica Centenário ontem, onde esteve internado durante 12 dias por problemas cardíacos, e foi conduzido por seu filho Kenji à casa na qual aparentemente viverá em Lima.

Uma vez na residência, Fujimori se encontrou com seus filhos Keiko, Hiro e Sachi, além de Kenji, com os quais tirou uma fotografia que foi postada nas redes sociais por sua primogênita.

"Muito contentes de dar as boas-vindas ao nosso pai nesta nova etapa de sua vida!!", escreveu no Twitter Keiko Fujimori, líder do partido opositor Força Popular.

 

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No entanto, fora da residência um grupo de manifestantes se reuniu para protestar contra a presença de Fujimori no distrito, após ter recebido o indulto humanitário outorgado pelo presidente peruano, Pedro Pablo Kuczynski.

Uma mulher subiu no teto de um carro da polícia, depois que os agentes confiscaram um megafone com o qual protestava contra o indulto a Fujimori.

"É meu direito protestar, mostrar minha indignação. Se reagi assim foi porque os policiais agrediram meu filho", declarou a manifestante ao jornal "La República".

Organismos defensores dos direitos humanos, grupos estudantis e sociais, grêmios de trabalhadores e partidos políticos convocaram uma nova marcha de protesto, para dia 11, contra o indulto outorgado a Fujimori ao sustentar que se tratou de uma negociação entre o governo e o principal partido opositor.

Fujimori foi sentenciado em 2009 a 25 anos de prisão pela autoria dos massacres de Bairros Altos e La Cantuta, nos quais morreram 25 pessoas, e o sequestro de um jornalista e um empresário, e previamente havia sido condenado por corrupção.

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