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Ex-presidente argentino vai ao banco dos réus por corrupção

Mais de 340 testemunhas serão ouvidas ao longo do processo, que durará entre seis e oito meses


	De la Rúa se sentou hoje na primeira fila do banco dos réus e não fez nenhum comentário ao chegar no tribunal
 (Wikimedia Commons)

De la Rúa se sentou hoje na primeira fila do banco dos réus e não fez nenhum comentário ao chegar no tribunal (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2012 às 20h23.

Buenos Aires - O ex-presidente argentino Fernando de la Rúa começou a ser julgado nesta terça-feira em um tribunal do país junto com outros sete acusados de pagar suborno a senadores em 2000.

Mais de 340 testemunhas serão ouvidas ao longo do processo, que durará entre seis e oito meses. De la Rúa se sentou hoje na primeira fila do banco dos réus e não fez nenhum comentário ao chegar no tribunal. A imprensa local informou que o ex-presidente contratou uma agência de publicidade para reforçar o trabalho de seus advogados.

Colaboradores do ex-governante distribuíram um panfleto no qual De la Rúa diz que a acusação contra ele é 'absurda e cheia de contradições'. O texto diz que o próprio ex-presidente pediu a investigação dos fatos quando eles ocorreram.

Serão julgados ainda outros sete antigos funcionários e legisladores, todos acusados de subornar senadores para garantir a aprovação de um reforma trabalhista do então governo De la Rúa.

Todos eles negam a versão divulgada pelo ex-secretário do Senado Mario Pontaquarto, que afirmou ter recebido US$ 4,3 milhões de suborno.

Pontaquarto disse hoje ao chegar no tribunal que estava disposto a 'corroborar os fatos, a contar a história realmente como foi e como se passou'.

O panfleto distribuído pelos colaboradores do ex-presidente afirma: 'Pontaquarto me incriminou sem provas, com um discurso baseado em contradições e declarações que nunca foram provadas. Que credibilidade pode ter este personagem? Nenhuma'.

Se for considerado culpado, De la Rúa, que renunciou a seu cargo em dezembro de 2001 em meio a um conflito social e uma severa crise econômica, pode ser condenado a uma pena de até seis anos de prisão, assim como os outros acusados. 

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