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Ex-porta-voz do governo sírio desertou pela violência

"A quantidade de sangue derramado foi muito maior que minha capacidade como ser humano e como pai para suportá-la", afirmou Jihad Maqdesi

Rebeldes sírios: Maqdesi desertou no dia 1º de dezembro e, segundo fontes do Conselho Nacional Sírio (CNS), viajou para Londres. (Aamir Qureshi/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2013 às 13h32.

Cairo - O ex-porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Síria , Jihad Maqdesi, que desertou do regime no último mês de dezembro, explicou nesta quarta-feira que abandonou seu país porque era incapaz de suportar o derramamento de sangue.

"A quantidade de sangue derramado foi muito maior que minha capacidade como ser humano e como pai para suportá-la", afirmou Maqdesi, que se tornou o rosto do regime e praticamente a única pessoa autorizada a lidar com a imprensa antes de sua deserção.

Em comunicado divulgado através do Facebook, Maqdesi disse que queria demonstrar sua rejeição à violência e aos combates com a deserção, já que não podia fazer nada para impedí-los.

O ex-porta-voz afirmou que abandonou a Síria de forma autônoma e que não pretende nenhum cargo dentro da oposição, mas uma existência na qual possa defender seus princípios.

Maqdesi declarou estar consciente de que seu gesto não significou nada no momento em que fugiu de seu país porque outros altos cargos também desertaram anteriormente e não houve nenhuma mudança.

"Escolhi sair de uma maneira tranquila como independente e patriota - como o resto dos sírios -, em favor do esperado processo de mudança pacífica na Síria, que deve se basear no diálogo nacional entre os filhos de uma mesma nação, longe do ódio, do extremismo e da interferência militar estrangeira", destacou.

Nesse sentido, se mostrou a favor de uma solução política para o conflito "como a única saída adequada".

Apesar de não ter especificado em nenhum momento onde se encontra na atualidade, Maqdesi afirmou que está temporariamente fora da Síria e acompanhado de "irmãos" que ajudam aos sírios refugiados.

"Meus pés nunca pisaram na Europa nem na América, apesar do meu passaporte ter todos os requisitos necessários", disse o ex-porta-voz, que disse não guardar segredos de sua participação como porta-voz do regime e que seus conhecimentos não são superiores aos de qualquer cidadão sírio.

Maqdesi desertou no dia 1º de dezembro e, segundo fontes do Conselho Nacional Sírio (CNS), viajou para Londres, embora tenha negado sua estadia em solo europeu em seu comunicado de hoje.

O dirigente do CNS, Ahmed Ramadã, disse à Agência Efe naquela época que Maqdesi viajou para Londres com ajuda de um passaporte diplomático.

Até sua deserção, Maqdesi foi empregado como o interlocutor do regime com a imprensa estrangeira e teve a maior exposição pública de todos os membros do governo desde o início do conflito em março de 2011.

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Cairo - O ex-porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Síria , Jihad Maqdesi, que desertou do regime no último mês de dezembro, explicou nesta quarta-feira que abandonou seu país porque era incapaz de suportar o derramamento de sangue.

"A quantidade de sangue derramado foi muito maior que minha capacidade como ser humano e como pai para suportá-la", afirmou Maqdesi, que se tornou o rosto do regime e praticamente a única pessoa autorizada a lidar com a imprensa antes de sua deserção.

Em comunicado divulgado através do Facebook, Maqdesi disse que queria demonstrar sua rejeição à violência e aos combates com a deserção, já que não podia fazer nada para impedí-los.

O ex-porta-voz afirmou que abandonou a Síria de forma autônoma e que não pretende nenhum cargo dentro da oposição, mas uma existência na qual possa defender seus princípios.

Maqdesi declarou estar consciente de que seu gesto não significou nada no momento em que fugiu de seu país porque outros altos cargos também desertaram anteriormente e não houve nenhuma mudança.

"Escolhi sair de uma maneira tranquila como independente e patriota - como o resto dos sírios -, em favor do esperado processo de mudança pacífica na Síria, que deve se basear no diálogo nacional entre os filhos de uma mesma nação, longe do ódio, do extremismo e da interferência militar estrangeira", destacou.

Nesse sentido, se mostrou a favor de uma solução política para o conflito "como a única saída adequada".

Apesar de não ter especificado em nenhum momento onde se encontra na atualidade, Maqdesi afirmou que está temporariamente fora da Síria e acompanhado de "irmãos" que ajudam aos sírios refugiados.

"Meus pés nunca pisaram na Europa nem na América, apesar do meu passaporte ter todos os requisitos necessários", disse o ex-porta-voz, que disse não guardar segredos de sua participação como porta-voz do regime e que seus conhecimentos não são superiores aos de qualquer cidadão sírio.

Maqdesi desertou no dia 1º de dezembro e, segundo fontes do Conselho Nacional Sírio (CNS), viajou para Londres, embora tenha negado sua estadia em solo europeu em seu comunicado de hoje.

O dirigente do CNS, Ahmed Ramadã, disse à Agência Efe naquela época que Maqdesi viajou para Londres com ajuda de um passaporte diplomático.

Até sua deserção, Maqdesi foi empregado como o interlocutor do regime com a imprensa estrangeira e teve a maior exposição pública de todos os membros do governo desde o início do conflito em março de 2011.

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