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Ex-ministro kirchnerista nega ter recebido propina da Odebrecht

Ministro do Planejamento dos governos Kirchner publicou sua defesa no Twitter

O ex-ministro do Planejamento argentino, Julio De Vido (©AFP/Arquivo / str/AFP)
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EFE

Publicado em 18 de junho de 2017 às 17h39.

Buenos Aires - Ministro do Planejamento Federal durante os governos de Néstor e Cristina Kirchner (2003-2015), Julio de Vido negou neste domingo ter recebido US$ 25 milhões em propina da construtora Odebrecht em troca de facilidades na concessão de contratos de obras públicas, como denunciou o jornal "La Nación".

De Vido publicou mensagens no Twitter negando a notícia de que seu entorno direto "pactuou uma propina de US$ 25 milhões" em troca de "destravar" o acesso da Odebrecht a um projeto multimilionário para a extensão das redes principais de gás no país.

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Segundo a notícia, publicada hoje, quando foi aberta a licitação do projeto para ampliar a rede de oleodutos em 15 províncias do país, em 2007, houve uma reunião entre o então chefe da empresa na Argentina, Flávio Bento de Faria, e Carlos Wagner, presidente naquele momento da Câmara Argentina de Construção, que supostamente atuou como emissário do ex-ministro.

"Flávio Bento de Faria foi quem se reuniu com Wagner, da Esuco (construtora), que expôs o pedido de propinas cobradas pelos funcionários públicos. Indicou que se quisessem fazer negócios na Argentina, deviam passar por ele", relata a publicação, que inclui o desmentido do empresário argentino.

O "La Nación" explica ainda que as negociações se complicaram em 2010 com a morte do ex-presidente Néstor Kirchner, quando o pacto "foi quebrado" e apareceu o empresário Jorge "Chorcho" Rodríguez, que, segundo o jornal, atuou como "lobista" para a construtora frente ao governo e reabriu as negociações ilícitas.

Rodríguez também negou as acusações na publicação, que afirma que os dados provêm das investigações em curso sobre a construtora no Brasil.

De Vido, atual deputado do partido kirchnerista Frente para a Vitória (FpV) classificou a notícia como uma "extorsão" e uma "operação" contra ele gerenciada pelo atual governo de Mauricio Macri e o que chamou de "oligopólio midiático".

"Nova investida brutal política e midiática sem precedentes do governo e seus veículos de imprensa aliados", escreveu o politico, que rechaçou "de forma categórica ter combinado qualquer pagamento com a Odebrecht".

"Evidentemente existiu alguma exigência superior de me colocar como eixo da notícia. A não ser que se trate de uma extorsão. Que interesses devo haber afetado para sofrer tamanha perseguição?", alegou.

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