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Ex-candidato venezuelano é preso ao voltar ao país

O ex-candidato presidencial venezuelano Manuel Rosales foi detido ao chegar voluntariamente ao aeroporto da cidade de Maracaibo


	Venezuela: o fundador do UNT foi aprisionado logo após descer da aeronave
 (AFP)

Venezuela: o fundador do UNT foi aprisionado logo após descer da aeronave (AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2015 às 19h43.

Caracas - O ex-candidato presidencial venezuelano Manuel Rosales foi detido nesta quinta-feira ao chegar voluntariamente ao aeroporto da cidade de Maracaibo e pôr fim a seus seis anos no exterior, informou o vereador de seu partido Um Novo Tempo (UNT), Diego Scharifker.

O fundador do UNT, que chegou em um avião comercial procedente da ilha de Aruba, foi aprisionado logo após descer da aeronave, tal como tinha antecipado no domingo a procuradora-geral, Luisa Ortega, que lembrou que contra o opositor foi ditada uma ordem de captura em 2009 por acusações de corrupção.

"Levaram Manuel ao SEBIN (Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional) e ao Ministério Público (MP)", disse Scharifker, que viajou de Aruba até a Venezuela com Rosales, em sua conta no Twitter, na qual também afirmou que os funcionários impediram que os advogados acompanhassem o opositor no processo de detenção.

Por sua vez, o Ministério Público informou através de um comunicado que "nas próximas horas" apresentará Rosales perante o Tribunal de Controle da Área Metropolitana de Caracas, uma vez que foi detido pelo Sebin ao pisar em território venezuelano procedente de Aruba.

"Rosales foi acusado em 11 de dezembro de 2008 pela suposta comissão do crime de enriquecimento ilícito, como parte de um relatório apresentado pela Controladoria Geral da República em 19 de julho de 2007", acrescenta o comunicado.

A procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega, disse no último dia 11 de outubro que, se Rosales retornasse ao país, seria "preso imediatamente" e "todos seus direitos serão garantidos".

Rosales, asilado no Peru desde 2009, anunciou há uma semana que retornaria hoje à Venezuela para "lutar junto ao povo" e ajudar a impulsionar a vitória da oposição nas eleições parlamentares de dezembro.

Além disso, o ex-candidato presidencial, derrotado nas eleições de 2006 pelo falecido Hugo Chávez (1999-2013), assegurou que levaria provas de que é inocente das acusações de corrupção.

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