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Ex-agente acusa Duterte de ordenar assassinatos enquanto prefeito

O ex-agente afirmou que, para cada morte, Duterte pagava a eles quantias que podiam chegar a 100.000 pesos (US$ 1.990)

Rodrigo Duterte: "O esquadrão da morte de Davao é real", afirmou o ex-agente (Harley Palangchao/Reuters)
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EFE

Publicado em 20 de fevereiro de 2017 às 11h16.

Manila - Um ex-policial filipino admitiu nesta segunda-feira a existência dos "esquadrões da morte" comandados por Rodrigo Duterte quando este era prefeito de Davao e acusou o presidente do país de contratar bandidos para matar opositores.

"O esquadrão da morte de Davao é real", afirmou Arturo Lascañas, agente da Polícia Nacional até dezembro do ano passado, em entrevista coletiva.

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O ex-agente, que compareceu no Senado a pedido do Grupo de Assistência Legal Gratuita sob o amparo da ONU, afirmou que para cada morte, o prefeito Duterte pagava a eles 20.000 pesos (US$ 400) e às vezes 50.000 (US$ 995) ou 100.000 (US$ 1.990).

Lascañas, que foi um dos policiais mais próximos a Duterte em seus mais de 20 anos como prefeito de Davao em vários períodos desde 1988 até 2016, tinha negado em outubro do ano passado no Senado a existência dos esquadrões da morte.

A inesperada declaração de Lascañas poderia servir para recuperar o caso depois que outro ex-membro arrependido dos esquadrões, Edgar Matobato, acusou pela primeira vez Duterte pelos assassinatos em dezembro passado perante o defensor público.

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