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Europa pede valorização significativa do iuane

Jean-Claude Juncker, coordenador dos ministros das Finanças da zona do euro, crê em revisão da moeda para propiciar crescimento equilibrado

O coordenador dos ministros das Finanças da zona do euro, Jean-Claude Juncker, e o premiê chinês, Wen Jiabao (Georges Gobet/AFP/AFP)

O coordenador dos ministros das Finanças da zona do euro, Jean-Claude Juncker, e o premiê chinês, Wen Jiabao (Georges Gobet/AFP/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2010 às 09h42.

Bruxelas - A Europa pediu nesta terça-feira à China a aplicação de uma política monetária mais flexível e uma valorização significativa do iuane, após um encontro em Bruxelas entre autoridades europeias e o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao.

"Pensamos que uma valorização ordenada, significativa, do iuane permitiria a promoção de um crescimento econômico mais equilibrado, em benefício da China e da economia mundial", afirmou o coordenador dos ministros das Finanças da Eurozona, Jean-Claude Juncker.

Europa e Estados Unidos consideram que a moeda chinesa é mantida de maneira artificial abaixo do valor real para favorecer as exportações e o crescimento do gigante asiático.

Juncker elogiou o anúncio de 19 de junho da China de permitir uma flexibilidade maior das taxas cambiais de sua moeda, mas lamentou que "o potencial da decisão não tenha sido suficientemente explorado".

"Uma valorização da moeda chinesa em relação ao euro seria bem-vinda", completou.

Juncker, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, e o comissário europeu de Assuntos Econômicos, Olli Rehn, se reuniram com Wen Jiabao à margem do encontro de cúpula entre 46 países europeus e asiáticos.

A chanceler alemã, Angela Merkel, também aumentou a pressão ao afirmar à imprensa que as taxas de câmbio do iuane devem ser o "mais realistas possíveis".

A China ignorou os pedidos ocidentais até o momento. Na segunda-feira, Wen Jiabao afirmou que Pequim não cederá e defendeu a "estabilidade" nas taxas cambiais de todas as divisas.

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