Segurança: foram tipificados pela primeira vez como crime de terrorismo os mesmos atos preparatórios (Hannibal Hanschke/Reuters)
EFE
Publicado em 16 de fevereiro de 2017 às 13h21.
Estrasburgo - O parlamento Europeu aprovou nesta quinta-feira uma nova legislação para neutralizar os "lobos solitários" que se radicalizam em países como a Síria e depois retornam à Europa para cometer atentados individualmente.
Trata-se de uma revisão da política antiterrorista, centrada em combater a crescente ameaça dos "combatentes estrangeiros", que vêm e vão a zonas de conflito com fins terroristas.
Para isso foram tipificados pela primeira vez como crime de terrorismo os mesmos atos preparatórios, como viajar ao exterior para se unir a um grupo terrorista e voltar à UE.
Também serão enquadrados o recrutamento com fins terroristas, treinar ou ser treinado para isso, o enaltecimento e a incitação ao terrorismo, seja de maneira direta ou indireta, mediante a exaltação de tais atos, além de seu financiamento.
A nova legislação europeia também quer que os países com menos proteção para as vítimas de terrorismo atualizem seus regulamentos para assegurar que suas famílias recebam ajuda de maneira imediata após um ataque.
Igualmente, o plano aprovado pela Eurocâmara pede que os Estados-membros sejam obrigados a trocar informações sobre procedimentos penais que possam ser utilizados para prevenir futuros ataques ou ajudar em investigações e processos em andamento.