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EUA rejeitam reivindicação do Irã na Corte Internacional de Justiça

O Irã pediu a suspensão das sanções anunciadas pelos EUA no dia 8 de maio, após retirar o país do acordo nuclear internacional

Pompeo e Trump: os EUA deixaram o acordo nuclear do Irã no início de maio (Kevin Lamarque/Reuters)
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EFE

Publicado em 27 de agosto de 2018 às 12h08.

Washington - O secretário de Estado dos Estados Unidos , Mike Pompeo, se mostrou nesta segunda-feira inconformado com a decisão do Irã de reivindicar na Corte Internacional de Justiça (CIJ) a suspensão das sanções anunciadas por Washington contra Teerã no último dia 8 de maio, após retirar o país do acordo nuclear internacional.

"A reivindicação do Irã na CIJ é uma tentativa de interferir nos direitos soberanos dos EUA em relação a tomar ações legais - incluindo o restabelecimento de sanções - necessárias para proteger nossa segurança nacional", afirmou Pompeo em comunicado divulgado pelo Departamento de Estado.

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Os EUA "se defenderão" em Haia das "reivindicações sem fundamento" apresentadas pelo Irã e continuarão trabalhando com seus aliados para resistir às suas atividades desestabilizadoras na região, advertiu o chefe da diplomacia americana na nota.

Em tal comunicado, Pompeo defendeu, além disso, a decisão do presidente Donald Trump de deixar o Plano Integral de Ação Conjunta (JCPOA), assinado em julho de 2015 por EUA, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha com o Irã.

"A saída do JCPOA do presidente Trump obedece a um simples motivo: não era capaz de garantir a segurança do povo americano diante do risco criado pelos líderes iranianos".

Por último, Pompeo se mostrou taxativo ao afirmar que o governo americano irá garantir que "o Irã não encontre um caminho para as armas nucleares: nem agora nem nunca".

Com sua reivindicação, Teerã pretende fazer frente às sanções anunciadas pelos EUA, que entrarão em vigor no próximo dia 5 de novembro e que terão como alvo tanto o Irã como qualquer outro Estado que tenha relações comerciais com o país persa.

Estas restrições afetarão a compra de petróleo e produtos petroquímicos procedentes de Teerã, as operações com portos e empresas marítimas iranianas e as transações de instituições financeiras com o Banco Central do Irã.

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