EUA pedem que ONU impeça que Irã se torne outra Coreia do Norte
A embaixadora americana na ONU salientou que o mundo tem que responder às "violações flagrantes" do Irã à legalidade internacional
EFE
Publicado em 18 de outubro de 2017 às 14h46.
Nações Unidas - Os Estados Unidos exigiram nesta quarta-feira ao Conselho de Segurança da ONU que tome medidas contra o Irã e insistiu que, se não atuar, o mundo enfrentará uma nova situação como a da Coreia do Norte .
A embaixadora americana nas Nações Unidas, Nikki Haley, salientou que o mundo tem que olhar além do acordo nuclear com o Irã e responder às suas "violações flagrantes" da legalidade internacional.
Em linha com as últimas mensagens da Casa Branca, Haley ressaltou que não se pode julgar o Irã apenas pelo seu respeito dos compromissos em matéria nuclear.
"Isso ignora a verdadeira natureza da ameaça. O Irã deve ser julgado pela totalidade do seu comportamento agressivo, desestabilizador e ilegal", disse a diplomata, que acusou Teerã de "esconder-se" por trás do cumprimento "técnico" do acordo nuclear.
"Nós permitimos tudo isso. Isso deve acabar", frisou.
A diplomata denunciou, entre outras coisas, a participação iraniana no conflito do Iêmen e suas transferências de armas a grupos como Hezbollah, que, em sua opinião, violam resoluções da ONU.
Para Haley, em todo caso, a maior ameaça é representada pelos testes com mísseis balísticos feitos por Teerã.
"Quando um regime pária envereda pelo caminho dos mísseis balísticos, está nos dizendo que logo teremos diante de nós outra Coreia do Norte", alertou.
Haley garantiu que os EUA "não vão olhar para outro lado" e disse que o Conselho de Segurança tem agora a "oportunidade" de mudar sua política em relação ao Irã.
"Sinceramente espero que use esta ocasião para defender, não só as suas resoluções, mas também a paz, a segurança e os direitos humanos no Irã", completou.
Como já havia feito em outras ocasiões, Haley dedicou ao Irã a totalidade de seu discurso em um debate sobre o Oriente Médio, habitualmente centrado no conflito palestino-israelense.
O representante de Israel, Danny Danon, fez o mesmo e aproveitou para agradecer ao presidente americano, Donald Trump, pela nova política do seu país para o Irã.
Danon pediu ao Conselho de Segurança que "assuma sua responsabilidade" e tome medidas contra Teerã, a quem acusou de querer destruir Israel, de patrocinar o terrorismo no mundo todo e de violar os direitos humanos dos seus próprios cidadãos.