EUA negociará com a Coreia do Norte "até a primeira bomba"
Declarações acontecem após Coreia do Norte ameaçar disparar mísseis perto da ilha americana de Guam
EFE
Publicado em 15 de outubro de 2017 às 14h09.
Washington - O secretário de Estado dos Estados Unidos , Rex Tillerson, afirmou neste domingo que seu país tem a intenção de continuar negociando uma saída diplomática com a Coreia do Norte, que nos últimos meses fez uma série de testes com armas nucleares, até que "caia a primeira bomba".
"Os esforços diplomáticos continuarão até que caia a primeira bomba", apontou Tillerson em uma entrevista concedida hoje ao canal de notícias "CNN".
As declarações acontecem após a ameaça feita na sexta-feira por Pyongyang de disparar mísseis perto da ilha americana de Guam perante o desdobramento militar de Washington na região e uma semana depois de o presidente americano, Donald Trump, dizer que só "uma coisa" dará um fim ao conflito, sem especificar a que se referia.
A tensão entre os dois países cresceu de maneira exponencial devido aos testes nucleares que a Coreia do Norte realizou nos últimos meses, interpretados como uma clara ameaça tanto para os EUA quanto para seus principais aliados na região, a Coreia do Sul e o Japão.
Tillerson também fez referência à suspensão do acordo nuclear com o Irã, sobre o qual Trump disse na sexta-feira estar disposto a abandonar de forma definitiva se seus "defeitos" não forem corrigidos.
O secretário de Estado disse estar de acordo com o secretário de Defesa, James Mattis, que em diversas ocasiões disse acreditar que o melhor para os interesses americanos é permanecer no tratado, que foi assinado em 2015 e do qual também fazem parte Rússia, China, Alemanha, Reino Unido e França.
Tillerson lembrou que, em todo caso, a intenção de Trump não é romper o pacto, mas forçar uma negociação internacional ou uma lei do Congresso dos EUA que ajude a eliminar os pontos que considera errôneos.
"Queremos pegar o acordo tal como existe hoje em dia, e depois apontar todos esses erros", esclareceu Tillerson. EFE