François Hollande: A polêmica voltou à tona depois que os meios de comunicação publicaram filtragens do Wikileaks que mostravam que os serviços secretos americanos espionaram os três últimos presidentes franceses (Enrique de la Osa/Reuters)
Da Redação
Publicado em 24 de junho de 2015 às 12h10.
Washington - Os Estados Unidos reijeitaram nesta quarta-feira estar interceptando as comunicações do presidente da França, François Hollande, após as últimas revelações sobre a possível espionagem americana aos últimos três líderes do país francês.
"Não estamos espionando e nem vamos fazer isso com as comunicações do presidente Hollande", assegurou à Agência Efe Edward Price, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.
"De fato, como dissemos anteriormente, não realizamos nenhuma atividade de vigilância no exterior salvo que haja uma razão específica e comprovada de segurança nacional", acrescentou, embora não tenho se referido às acusações específicas de espionagem no passado durante os anos 2006 e 2012.
O porta-voz acrescentou, além disso, que esta premissa está sendo implementada tanto para os cidadãos ordinários como para os líderes internacionais.
A polêmica voltou à tona depois que os meios de comunicação "Libération" e "Mediapart" publicaram filtragens do Wikileaks que mostravam que os serviços secretos americanos supostamente espionaram entre 2006 e 2012 os três últimos presidentes franceses: Jacques Chirac, Nicolas Sarkozy e Hollande.
"Estamos trabalhando estreitamente com a França sobre todos os assuntos de preocupação internacional, e os franceses são parceiros indispensáveis", concluiu.
Enquanto isso, o primeiro-ministro da França, Manuel Valls, ressaltou hoje que os Estados Unidos violaram a confiança de seu país e pediu que repare "o dano causado" por essa prática "inaceitável".
Em uma sessão na Assembleia Nacional, o primeiro-ministro tachou essa espionagem de "muito grave e anormal entre Estados democráticos aliados", e considerou que "não é legítimo" fazer esse tipo de vigilância "em nome dos interesses nacionais".