EUA não precisam de aval da ONU para atacar Síria, diz Obama
Presidente americano disse que não depende de autorização da Organização das Nações Unidas (ONU) para um eventual ataque à Síria
Da Redação
Publicado em 6 de setembro de 2013 às 15h08.
Brasília – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , disse hoje (6) que não depende de autorização da Organização das Nações Unidas (ONU) para um eventual ataque à Síria . Os Estados Unidos afirmam ter provas de que foram usadas armas químicas em ataques na Síria, cuja responsabilidade é atribuída ao governo do presidente sírio, Bashar al-Assad .
“Diante da paralisia do conselho das Nações Unidas na questão, uma resposta internacional é demandada, e não deve vir de decisão do Conselho de Segurança. Preferiria trabalhar por meio de canais multilaterais e ONU, mas acredito que a segurança mundial e dos EUA demandam [decisões por outros meios]”, disse o presidente norte-americano durante coletiva de imprensa em São Petersburgo, na Rússia, onde ocorre a cúpula do G20.
Obama informou que fará na próxima terça-feira (10) um pronunciamento aos cidadãos norte-americanos, a fim de buscar respaldo do Congresso a um eventual ataque à Síria. Perguntado sobre se o ataque pode ser feito sem a autorização do Congresso, ele disse que, entre os motivos da consulta, está o de fazer com que o Legislativo explique ao povo americano “que esta é a coisa certa” a fazer.
“Há várias decisões que tomo que são impopulares, mas é o que se há para fazer”, disse, ao reconhecer que ações desse tipo, envolvendo operações militares, são sempre impopulares. “Fui eleito para acabar com uma guerra, e não para começar outras. Mas tenho o dever da proteção, e há tempos difíceis se quisermos defender aquilo que acreditamos”, acrescentou.
Segundo ele, o uso de armas químicas é uma ameaça à segurança global, principalmente para países vizinhos como Turquia e Israel. "Há riscos de essas armas caírem nas mãos de terroristas", alertou. Apesar de não confirmar se fará ou não o ataque, Obama disse ter condições para uma intervenção “hoje, amanhã ou daqui a um mês”.O presidente norte-americano acrescentou que continuará a contatar líderes mundiais “para tomar as ações necessárias”, e pediu união contra o uso de armas químicas pelo regime de Assad.
Também da Rússia, a presidente Dilma Rousseff havia informado, anteriormente, que o Brasil não reconhece qualquer ação militar na Síria sem que haja aprovação das Nações Unidas.
Segundo Obama, “a conferência foi unânime à ideia de que armas químicas foram usadas, e a maioria dos presentes está aceitando e concordando que o governo de Assad é o responsável pelo uso delas. Isso, claro, foi questionado por [Vladimir] Putin [presidente da Rússia, país contrário a qualquer ataque à Síria]”, disse Obama.
A conversa com o presidente russo foi “tranquila e construtiva”, segundo Obama, e não abrangeu a questão do asilo dado pela Rússia a Edward Snowden, ex-funcionário de uma empresa terceirizada que prestava serviços para a Agência Nacional de Segurança norte-americana (NSA) e principal responsável pelas denúncias de espionagem pelo governo norte-americano.
“Temos uma relação muito direta [com Putin]. Discutimos a questão da Síria. Foi citado que em todos os pontos de interesse comum, teremos de trabalhar de forma conjunta”, disse o presidente dos EUA.
Brasília – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , disse hoje (6) que não depende de autorização da Organização das Nações Unidas (ONU) para um eventual ataque à Síria . Os Estados Unidos afirmam ter provas de que foram usadas armas químicas em ataques na Síria, cuja responsabilidade é atribuída ao governo do presidente sírio, Bashar al-Assad .
“Diante da paralisia do conselho das Nações Unidas na questão, uma resposta internacional é demandada, e não deve vir de decisão do Conselho de Segurança. Preferiria trabalhar por meio de canais multilaterais e ONU, mas acredito que a segurança mundial e dos EUA demandam [decisões por outros meios]”, disse o presidente norte-americano durante coletiva de imprensa em São Petersburgo, na Rússia, onde ocorre a cúpula do G20.
Obama informou que fará na próxima terça-feira (10) um pronunciamento aos cidadãos norte-americanos, a fim de buscar respaldo do Congresso a um eventual ataque à Síria. Perguntado sobre se o ataque pode ser feito sem a autorização do Congresso, ele disse que, entre os motivos da consulta, está o de fazer com que o Legislativo explique ao povo americano “que esta é a coisa certa” a fazer.
“Há várias decisões que tomo que são impopulares, mas é o que se há para fazer”, disse, ao reconhecer que ações desse tipo, envolvendo operações militares, são sempre impopulares. “Fui eleito para acabar com uma guerra, e não para começar outras. Mas tenho o dever da proteção, e há tempos difíceis se quisermos defender aquilo que acreditamos”, acrescentou.
Segundo ele, o uso de armas químicas é uma ameaça à segurança global, principalmente para países vizinhos como Turquia e Israel. "Há riscos de essas armas caírem nas mãos de terroristas", alertou. Apesar de não confirmar se fará ou não o ataque, Obama disse ter condições para uma intervenção “hoje, amanhã ou daqui a um mês”.O presidente norte-americano acrescentou que continuará a contatar líderes mundiais “para tomar as ações necessárias”, e pediu união contra o uso de armas químicas pelo regime de Assad.
Também da Rússia, a presidente Dilma Rousseff havia informado, anteriormente, que o Brasil não reconhece qualquer ação militar na Síria sem que haja aprovação das Nações Unidas.
Segundo Obama, “a conferência foi unânime à ideia de que armas químicas foram usadas, e a maioria dos presentes está aceitando e concordando que o governo de Assad é o responsável pelo uso delas. Isso, claro, foi questionado por [Vladimir] Putin [presidente da Rússia, país contrário a qualquer ataque à Síria]”, disse Obama.
A conversa com o presidente russo foi “tranquila e construtiva”, segundo Obama, e não abrangeu a questão do asilo dado pela Rússia a Edward Snowden, ex-funcionário de uma empresa terceirizada que prestava serviços para a Agência Nacional de Segurança norte-americana (NSA) e principal responsável pelas denúncias de espionagem pelo governo norte-americano.
“Temos uma relação muito direta [com Putin]. Discutimos a questão da Síria. Foi citado que em todos os pontos de interesse comum, teremos de trabalhar de forma conjunta”, disse o presidente dos EUA.