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EUA lançaram 230 quilos de bombas contra militantes

Forças do Estado Islâmico que avançam sobre Irbil, onde o governo norte-americano tem funcionários diplomáticos e militares que auxiliam os curdos

Obama reconheceu que país está ansioso por causa do envolvimento militar no Iraque (Jewel Samad/AFP)
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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2014 às 11h40.

Washington - Aviões militares norte-americanos atingiram posições de artilharia do grupo Estado Islâmico (anteriormente chamado de Estado Islâmico do Iraque e do Levante, EIIL) no norte do Iraque nesta sexta-feira, o primeiro do que deve ser uma série de bombardeios com o objetivo de conter o avanço dos extremistas sunitas na capital curda, Irbil, informou o Pentágono.

Os jatos de combate F-18 lançaram cerca de 230 quilos de bombas guiadas por laser contra posições móveis de artilharia nas proximidades de Irbil, disse porta-voz do Pentágono, John Kirby.

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Os ataques foram os primeiros desde que o presidente Barack Obama autorizou uma ação do Exército dos Estados Unidos contra alvos das forças do Estado Islâmico que avançam sobre Irbil, onde o governo norte-americano tem funcionários diplomáticos e militares que auxiliam os curdos.

A ação acontece um dia depois de Obama ter autorizado o ataque e a realização de missões de assistência emergencial no norte do Iraque, dizendo na noite de quinta-feira que os Estados Unidos devem agir para proteger funcionários norte-americanos e evitar uma catástrofe humanitária em razão dos avanços dos militantes violentos.

Obama disse que ordenou o uso de ataques aéreos, se necessários, tanto para impedir os militantes de se aproximar de Irbil quanto para ajudar a minoria religiosa yazidi.

Suas declarações na Casa Branca encerraram um dia de crescentes temores sobre o avanço dos militantes no Iraque, onde combatentes extremistas tomaram o controle de áreas antes consideradas seguras e assumiram a Barragem de Mosul, a maior do país, segundo relatos locais.

Obama também reconheceu a existência de certo nervosismo em seu país por causa do envolvimento militar norte-americano no Iraque, onde os Estados Unidos travaram uma guerra de oito anos.

"Tropas de combate americanas não retornarão a lutar no Iraque porque não há uma solução militar americana para a crise no Iraque", disse ele, enfatizando a palavra "americana".

"A única solução duradoura é a reconciliação entre as comunidades iraquianas e o fortalecimento das forças de segurança iraquianas", afirmou. Separadamente, o secretário de Estado John Kerry destacou em comunicado que os Estados Unidos acreditam que o Iraque só pode recobrar a estabilidade por meio da formação de um governo novo e mais inclusivo.

A repentina aceleração das atividades militares norte-americanas no Iraque refletem a preocupação da Casa Branca com a crescente crise na região semiautônoma curda no país. Um oficial militar iraquiano disse que a Força Aérea do país conduziu seus próprios ataques na região na quinta-feira.

A Casa Branca e o Pentágono já haviam dito anteriormente que se reservavam o direito de usar a força no Iraque para proteger norte-americanos e repetiram a afirmação na quinta-feira. As tropas dos Estados Unidos em Irbil são parte de uma força de projetistas e conselheiros que trabalham em centros conjuntos dos Estados Unidos e do Iraque.

Washington tem evitado qualquer envolvimento militar direto na medida em que o governo Obama pressiona o Legislativo iraquiano a formar um novo governo. "Estamos enviando uma clara mensagem ao governo iraquiano", disse uma autoridade norte-americana.

Os Estados Unidos já estudaram a possibilidade de ataques aéreos antes, mas voltaram atrás na medida em que o avanço dos militantes sunitas perdeu força e a ameaça contra Bagdá parece ter diminuído. Mas os extremistas retomaram a pressão nos últimos dias, desta vez contra territórios controlados pelos curdos.

Ao mesmo tempo, dezenas de milhares de cristãos iraquianos fugiram por causa do avanço do Estado Islâmico em direção ao coração cristão no norte do país. Fonte: Dow Jones Newswires.

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