EUA: Empresas pedem fim da política de separação de famílias imigrantes
Entidade que agrupa Caterpillar, Boeing, Walmart, General Motors, IBM, Johnson&Johnson e General Electric chamou de "cruel" prática do governo
AFP
Publicado em 19 de junho de 2018 às 17h56.
As grandes empresas americanas exortaram nesta terça-feira (19) o governo de Donald Trump a pôr fim "imediatamente" à sua política de separação de famílias de imigrantes ilegais, que consideram "cruel".
"A Business Roundtable insta o governo a pôr fim imediatamente à política de separação de menores acompanhados por seus pais", escreveu Chuck Robbins, gerente do setor de imigração dessa organização patronal.
"Esta prática é cruel e contrária aos valores americanos", acrescentou.
Segundo dados oficiais, a política de detenção sistemática de imigrantes ilegais na fronteira com o México levou à separação de 2.342 menores de seus pais entre 5 de maio e 9 de junho.
Jamie Dimon, CEO do maior banco americano, JPMorgan Chase, é o presidente da Business Roundtable, que agrupa multinacionais como Caterpillar, Boeing, Walmart, General Motors, IBM, Johnson&Johnson e General Electric.
As relações entre o lobby dos grandes empresários e a Casa Branca esfriaram um pouco ultimamente, com as diferenças sobre o livre comércio.
Depois de elogiar a reforma fiscal que rebaixou as taxas impositivas às empresas e flexibilizou as regulações em certos setores econômicos, a Business Roundtable criticou duramente a decisão de Trump de impor uma tarifa adicional de 25% sobre as importações de aço e de 10% sobre as importações de alumínio da União Europeia, Canadá e México.
Os empresários também se distanciaram depois do decreto anti-imigração e das declarações do presidente após a violência racista em Charlottesville (Virgínia).
A Business Roundtable também pede uma lei para proteger os "Dreamers".