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EUA e Reino Unido condenam "provocadores" ataques do Irã contra Israel

Israel denunciou na quarta (9) bombardeios contra sua linha de defesa no território ocupado das Colinas de Golã e atacou mais de 70 alvos na Síria

May e Trump: líderes discutiram formas de enfrentar o "comportamento desestabilizador" do Irã no Oriente Médio, segundo a Casa Branca (Matt Dunham/Reuters)
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EFE

Publicado em 11 de maio de 2018 às 22h00.

Washington - O presidente dos Estados Unidos , Donald Trump, e a primeira-ministra do Reino Unido , Theresa May, condenaram nesta sexta-feira os "provocadores" ataques com projéteis que as forças iranianas na Síria dispararam contra Israel , um incidente negado pelo governo de Teerã.

A Casa Branca informou hoje de uma conversa por telefone entre Trump e May, na qual ambos "condenaram os provocadores ataques com projéteis do regime iraniano da Síria contra cidadãos israelenses", uma escalada militar que despertou os alarmes sobre uma possível desestabilização regional.

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Israel denunciou na noite de quarta-feira bombardeios da força iraniana Quds contra sua linha de defesa no território ocupado das Colinas de Golã e atacou mais de 70 alvos na Síria, em uma grande operação contra forças iranianas posicionadas nesse país e bases do regime sírio de Bashar al Assad.

Segundo a Casa Branca, Trump e May falaram sobre qual é a melhor forma de enfrentar o "comportamento desestabilizador" do Irã na região, enquanto o americano convocou todas as nações a deixar claro que "as ações do regime iraniano representam uma grave ameaça para a paz internacional e a estabilidade".

O Irã respalda Assad, na sua luta contra o Estado Islâmico e a oposição armada, com assessores militares dos Guardiões da Revolução e com milicianos xiitas no terreno.

A presença iraniana e do seu aliado, o grupo libanês Hezbollah, na Síria preocupa Israel, que vê seus inimigos tomarem posições perto das suas fronteiras.

Na terça-feira Trump anunciou a retirada dos Estados Unidos do acordo nuclear com o Irã de 2015 e, apenas dois dias depois, retomou as sanções com um golpe em uma rede, que opera nos Emirados Árabes Unidos e no Irã, dedicada ao fornecimento de centenas de milhões de dólares à Força Quds da Guarda Revolucionária iraniana.

Em outro comunicado, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, acusou a Guarda Revolucionária iraniana de "exportar a influência desestabilizadora" de Teerã a todo o Oriente Médio e pediu aos demais países que aumentem a pressão sobre o Irã para que mude seu "comportamento perigoso".

Além disso, condenou os ataques com mísseis balísticos lançados pelos rebeldes houthis, apoiados pelo Irã no Iêmen, contra a Arábia Saudita e considerou que essa ação é uma "prova mais" das "ações imprudentes do regime iraniano que representam uma grave ameaça para a paz e a segurança regionais".

As autoridades sauditas acusam o Irã de proporcionar estes mísseis aos houthis, milícia xiita que desde o final de 2014 controla a capital Saná e amplas partes do norte e do oeste do país.

O atual conflito começou com a revolta armada dos houthis contra o governo em 2014 e se agravou um ano depois com a intervenção da coalizão de países árabes e sunitas capitaneados por Riad e apoiados pelos Estados Unidos, que respaldam o presidente iemenita, Abd Rabbuh Mansur al Hadi. EFE

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