EUA e Iraque buscam três americanos desaparecidos em Bagdá
Cidadãos do Catar e da Turquia foram sequestrados nos últimos meses no Iraque, mas há anos não havia o registro de americanos sequestrados
Da Redação
Publicado em 18 de janeiro de 2016 às 10h20.
As autoridades dos Estados Unidos e do Iraque seguiam buscando nesta segunda-feira três americanos desaparecidos em Bagdá, e que, acredita-se, tenham sido sequestrados.
Cidadãos do Catar e da Turquia foram sequestrados nos últimos meses no Iraque, mas há anos não havia o registro de americanos sequestrados, um fenômeno que afeta sobretudo os iraquianos, com frequência como forma de vingança e buscando um resgate.
Tanto o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que em 2014 se amparou em amplas zonas de Iraque e Síria, quanto as forças paramilitares xiitas que se opõem a eles realizaram sequestros e execuções.
"Estamos cientes do desaparecimento no Iraque de cidadãos americanos. Estamos trabalhando em total cooperação com as autoridades do Iraque para localizá-los e recuperá-los", disse o porta-voz do departamento de Estado americano Jonh Kirby.
Segundo um coronel da polícia iraquiana que não quis se identificar, os três americanos e seu tradutor iraquiano foram capturados no sul de Bagdá.
As primeiras informações afirmam que os sequestradores eram milicianos que vestiam uniformes militares, segundo a mesma fonte.
"Não sabemos com que (os americanos) trabalhavam", disse este coronel.
Em sua luta contra o EI, o governo do Iraque recorreu às milícias xiitas apoiadas pelo Irã. Estes grupos, reunidos em uma organização chamada Hashed al Shaabi (Mobilização Popular), teve um papel chave na luta contra os jihadistas.
No entanto, os milicianos também foram acusados de execuções sumárias, sequestros e destruição de propriedade.
Os Estados Unidos lideram uma coalizão internacional que bombardeia alvos do EI no Iraque e na Síria e que treina as forças iraquianas. Washington também enviou ao país forças especiais para participar de operações contra os jihadistas.
Embora tanto os Estados Unidos quanto as milícias paramilitares xiitas lutem contra o mesmo inimigo, suas relações são tensas desde que em 2003 se enfrentaram após a invasão americana do Iraque.
O EI também tem seus próprios motivos para sequestrar americanos, embora não esteja presente em Bagdá.
No mês passado, homens armados sequestraram dezenas de catarianos que se dirigiram ao sul do Iraque para caçar e cujo paradeiro ainda é desconhecido. As milícias xiitas estão muito presentes nesta região, diferentemente do EI.
Meses antes 18 turcos também foram sequestrados em Bagdá, e foram soltos posteriormente sãos e salvos.
O sequestro dos turcos foi reivindicado em um vídeo por uma organização xiita chamada Furaq al-Mawt (Esquadrões da Morte). Durante a busca dos sequestrados, as forças iraquianas se enfrentaram com forças da milícia Kataib Hezbollah.
O último sequestro de um americano no Iraque ocorreu em 2010, quando Issa T. Salomi, de origem iraquiana, desapareceu em Bagdá e depois foi libertado pelo Asaib Ahl al-Haq, um grupo xiita que agora é uma das forças mais importantes dentro da Hashed al Shaabi.
As autoridades dos Estados Unidos e do Iraque seguiam buscando nesta segunda-feira três americanos desaparecidos em Bagdá, e que, acredita-se, tenham sido sequestrados.
Cidadãos do Catar e da Turquia foram sequestrados nos últimos meses no Iraque, mas há anos não havia o registro de americanos sequestrados, um fenômeno que afeta sobretudo os iraquianos, com frequência como forma de vingança e buscando um resgate.
Tanto o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que em 2014 se amparou em amplas zonas de Iraque e Síria, quanto as forças paramilitares xiitas que se opõem a eles realizaram sequestros e execuções.
"Estamos cientes do desaparecimento no Iraque de cidadãos americanos. Estamos trabalhando em total cooperação com as autoridades do Iraque para localizá-los e recuperá-los", disse o porta-voz do departamento de Estado americano Jonh Kirby.
Segundo um coronel da polícia iraquiana que não quis se identificar, os três americanos e seu tradutor iraquiano foram capturados no sul de Bagdá.
As primeiras informações afirmam que os sequestradores eram milicianos que vestiam uniformes militares, segundo a mesma fonte.
"Não sabemos com que (os americanos) trabalhavam", disse este coronel.
Em sua luta contra o EI, o governo do Iraque recorreu às milícias xiitas apoiadas pelo Irã. Estes grupos, reunidos em uma organização chamada Hashed al Shaabi (Mobilização Popular), teve um papel chave na luta contra os jihadistas.
No entanto, os milicianos também foram acusados de execuções sumárias, sequestros e destruição de propriedade.
Os Estados Unidos lideram uma coalizão internacional que bombardeia alvos do EI no Iraque e na Síria e que treina as forças iraquianas. Washington também enviou ao país forças especiais para participar de operações contra os jihadistas.
Embora tanto os Estados Unidos quanto as milícias paramilitares xiitas lutem contra o mesmo inimigo, suas relações são tensas desde que em 2003 se enfrentaram após a invasão americana do Iraque.
O EI também tem seus próprios motivos para sequestrar americanos, embora não esteja presente em Bagdá.
No mês passado, homens armados sequestraram dezenas de catarianos que se dirigiram ao sul do Iraque para caçar e cujo paradeiro ainda é desconhecido. As milícias xiitas estão muito presentes nesta região, diferentemente do EI.
Meses antes 18 turcos também foram sequestrados em Bagdá, e foram soltos posteriormente sãos e salvos.
O sequestro dos turcos foi reivindicado em um vídeo por uma organização xiita chamada Furaq al-Mawt (Esquadrões da Morte). Durante a busca dos sequestrados, as forças iraquianas se enfrentaram com forças da milícia Kataib Hezbollah.
O último sequestro de um americano no Iraque ocorreu em 2010, quando Issa T. Salomi, de origem iraquiana, desapareceu em Bagdá e depois foi libertado pelo Asaib Ahl al-Haq, um grupo xiita que agora é uma das forças mais importantes dentro da Hashed al Shaabi.