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EUA e Cuba encerram reunião inicial sobre direitos humanos

Os países concluíram reunião preliminar para definir pautas do futuro diálogo sobre direitos humanos, um encontro onde as diferenças foram claras

Bandeiras de Cuba (E) e Estados Unidos em Havana (Enrique De La Osa/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 31 de março de 2015 às 19h51.

Washington - Os Estados Unidos e Cuba concluíram nesta terça-feira uma reunião preliminar para definir pautas do futuro diálogo sobre direitos humanos, um encontro no qual foram colocadas em evidência as diferenças dos países sobre o assunto, apesar da manutenção de um clima de respeito entre as partes.

Uma das integrantes da delegação cubana, a embaixadora do país em Genebra, Anayansi Rodríguez Camejo, afirmou que as "conversas se desenvolveram como o governo cubano esperava, em um clima de profissionalismo e respeito, sem discriminação de nenhum tipo".

"Discutimos bases metodológicas para eventuais rodadas futuras sobre o tema dos direitos humanos e também abordamos alguns assuntos que seriam de interesse para ambas as partes tratarem", disse Anayansi em um vídeo publicado na conta do YouTube do Ministério das Relações Exteriores de Cuba.

A reunião, realizada no Departamento de Estado americano, buscava definir a estrutura de um futuro diálogo sobre direitos humanos, o tema mais espinhoso no processo de normalização das relações diplomáticas iniciado em dezembro do ano passado.

Os EUA não escondem suas diferenças com Cuba sobre o assunto, especialmente no tratamento aos dissidentes da ilha.

"Existem diferença entre ambos os países na abordagem dos direitos humanos, tanto do ponto de vista nacional, como eles são protegidos ou promovidos em nossos respectivos países, com também seu tratamento no âmbito internacional, nos foros multilaterais que tratam sobre esses temas", disse a embaixadora.

"Essas divergências foram colocadas em evidência, mas ficou claro que podemos conversar de maneira civilizada, respeitosa e profissional", garantiu Anayansi, avaliando que há diferenças substanciais de percepções sobre os direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais.

Cuba vê todos eles de "uma maneira indivisível, interconectada, integral" e acredita que "uns não têm valor superior aos outros", acrescentou a diplomata cubana.

Por enquanto, a delegação americana não fez comentários sobre a reunião de hoje. Nenhuma das partes confirmou se foi definida uma data para o início do diálogo sobre os direitos humanos.

A delegação americana na reunião foi liderada pelo subsecretário de Estado para Democracia, Direitos Humanos e Trabalho, Tom Malinowksi, enquanto a cubana teve o comando do subdiretor de Assuntos Multilaterais e Direito Internacional do Ministério das Relações Exteriores de Cuba, Pedro Luis Pedroso.

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Washington - Os Estados Unidos e Cuba concluíram nesta terça-feira uma reunião preliminar para definir pautas do futuro diálogo sobre direitos humanos, um encontro no qual foram colocadas em evidência as diferenças dos países sobre o assunto, apesar da manutenção de um clima de respeito entre as partes.

Uma das integrantes da delegação cubana, a embaixadora do país em Genebra, Anayansi Rodríguez Camejo, afirmou que as "conversas se desenvolveram como o governo cubano esperava, em um clima de profissionalismo e respeito, sem discriminação de nenhum tipo".

"Discutimos bases metodológicas para eventuais rodadas futuras sobre o tema dos direitos humanos e também abordamos alguns assuntos que seriam de interesse para ambas as partes tratarem", disse Anayansi em um vídeo publicado na conta do YouTube do Ministério das Relações Exteriores de Cuba.

A reunião, realizada no Departamento de Estado americano, buscava definir a estrutura de um futuro diálogo sobre direitos humanos, o tema mais espinhoso no processo de normalização das relações diplomáticas iniciado em dezembro do ano passado.

Os EUA não escondem suas diferenças com Cuba sobre o assunto, especialmente no tratamento aos dissidentes da ilha.

"Existem diferença entre ambos os países na abordagem dos direitos humanos, tanto do ponto de vista nacional, como eles são protegidos ou promovidos em nossos respectivos países, com também seu tratamento no âmbito internacional, nos foros multilaterais que tratam sobre esses temas", disse a embaixadora.

"Essas divergências foram colocadas em evidência, mas ficou claro que podemos conversar de maneira civilizada, respeitosa e profissional", garantiu Anayansi, avaliando que há diferenças substanciais de percepções sobre os direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais.

Cuba vê todos eles de "uma maneira indivisível, interconectada, integral" e acredita que "uns não têm valor superior aos outros", acrescentou a diplomata cubana.

Por enquanto, a delegação americana não fez comentários sobre a reunião de hoje. Nenhuma das partes confirmou se foi definida uma data para o início do diálogo sobre os direitos humanos.

A delegação americana na reunião foi liderada pelo subsecretário de Estado para Democracia, Direitos Humanos e Trabalho, Tom Malinowksi, enquanto a cubana teve o comando do subdiretor de Assuntos Multilaterais e Direito Internacional do Ministério das Relações Exteriores de Cuba, Pedro Luis Pedroso.

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