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EUA dizem que Venezuela falta descaradamente com a verdade

A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Marie Harf, confirmou que a possibilidade de impor sanções aos funcionários venezuelanos "segue sobre a mesa"

Congresso americano: possibilidade das sanções tomou forma na quinta-feira no Congresso (Lawrence Jackson/White House)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de março de 2014 às 19h18.

Washington - Os Estados Unidos afirmaram nesta sexta-feira que o governo da Venezuela "falta descaradamente com a verdade" quando trata de responsabilizá-los pelos protestos em seu país, e ressaltaram que não descartam nenhuma "opção" para responder a essa situação, inclusive sanções.

"Os funcionários na Venezuela que tratam de fazer com que isto (os protestos no país) gire em torno de Estados Unidos estão faltando descaradamente com a verdade sobre o que está acontecendo ali", disse aos jornalistas a porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf.

Os comentários de Harf ocorrem pouco depois que o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Elías Jaua, responsabilizou diretamente o secretário de Estado de EUA, John Kerry, de ser o "principal encorajador da violência" na Venezuela e o chamou de "assassino do povo venezuelano".

No entanto, questionada por esses comentários, Harf não quis fazer declarações específicas a respeito.

A porta-voz confirmou que a possibilidade de impor sanções aos funcionários venezuelanos "segue sobre a mesa", mas o que é verdadeiramente importante é que o ocorra um diálogo entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição, que começou com os protestos antigovernamentais há mais de um mês.

"Tem que haver um diálogo para chegar a uma resolução (da situação). Isso é algo que tem que acontecer mesmo se for imposto algum tipo de custo (à Venezuela)", ressaltou Harf.

"As opções seguem sobre a mesa, e se tivermos que dar mais passos, daremos", indicou.

Kerry citou na quarta-feira pelo menos duas dessas opções: impor sanções ou invocar a Carta Democrática Interamericana da Organização dos Estados Americanos (OEA), uma via mais difícil dado que, para ter efeitos concretos, precisaria do consenso do organismo de que na Venezuela houve uma ruptura democrática.

A possibilidade das sanções tomou forma na quinta-feira no Congresso americano, onde dois grupos de legisladores apresentaram projetos de lei bipartidistos tanto no Senado como na Câmara dos Representantes a fim de impor sanções contra os funcionários venezuelanos envolvidos nos episódios de violência.

Questionada a respeito, Harf disse hoje que o Congresso tem um "grande papel para representar" com relação à situação na Venezuela, mas não quis fazer comentários a favor ou contra esses projetos de lei.

"Teremos essas conversas em privado com o Congresso, para ver para onde podemos ir e se podemos falar com uma única voz sobre a política externa no país", indicou a porta-voz.

"Nosso objetivo aqui é que ocorra uma situação na qual o povo venezuelano seja escutado por seu governo, e na qual tenham uma voz à hora de determinar seu futuro", destacou, e insistiu que seria útil que no diálogo houvesse um mediador "aceito por ambas partes".

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Washington - Os Estados Unidos afirmaram nesta sexta-feira que o governo da Venezuela "falta descaradamente com a verdade" quando trata de responsabilizá-los pelos protestos em seu país, e ressaltaram que não descartam nenhuma "opção" para responder a essa situação, inclusive sanções.

"Os funcionários na Venezuela que tratam de fazer com que isto (os protestos no país) gire em torno de Estados Unidos estão faltando descaradamente com a verdade sobre o que está acontecendo ali", disse aos jornalistas a porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf.

Os comentários de Harf ocorrem pouco depois que o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Elías Jaua, responsabilizou diretamente o secretário de Estado de EUA, John Kerry, de ser o "principal encorajador da violência" na Venezuela e o chamou de "assassino do povo venezuelano".

No entanto, questionada por esses comentários, Harf não quis fazer declarações específicas a respeito.

A porta-voz confirmou que a possibilidade de impor sanções aos funcionários venezuelanos "segue sobre a mesa", mas o que é verdadeiramente importante é que o ocorra um diálogo entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição, que começou com os protestos antigovernamentais há mais de um mês.

"Tem que haver um diálogo para chegar a uma resolução (da situação). Isso é algo que tem que acontecer mesmo se for imposto algum tipo de custo (à Venezuela)", ressaltou Harf.

"As opções seguem sobre a mesa, e se tivermos que dar mais passos, daremos", indicou.

Kerry citou na quarta-feira pelo menos duas dessas opções: impor sanções ou invocar a Carta Democrática Interamericana da Organização dos Estados Americanos (OEA), uma via mais difícil dado que, para ter efeitos concretos, precisaria do consenso do organismo de que na Venezuela houve uma ruptura democrática.

A possibilidade das sanções tomou forma na quinta-feira no Congresso americano, onde dois grupos de legisladores apresentaram projetos de lei bipartidistos tanto no Senado como na Câmara dos Representantes a fim de impor sanções contra os funcionários venezuelanos envolvidos nos episódios de violência.

Questionada a respeito, Harf disse hoje que o Congresso tem um "grande papel para representar" com relação à situação na Venezuela, mas não quis fazer comentários a favor ou contra esses projetos de lei.

"Teremos essas conversas em privado com o Congresso, para ver para onde podemos ir e se podemos falar com uma única voz sobre a política externa no país", indicou a porta-voz.

"Nosso objetivo aqui é que ocorra uma situação na qual o povo venezuelano seja escutado por seu governo, e na qual tenham uma voz à hora de determinar seu futuro", destacou, e insistiu que seria útil que no diálogo houvesse um mediador "aceito por ambas partes".

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