EUA divulgam informações secretas sobre Iêmen e Somália
''Em um número limitado de casos, as forças armadas dos Estados Unidos empreenderam ações diretas na Somália contra membros da Al Qaeda'', indica o relatório
Da Redação
Publicado em 14 de julho de 2012 às 15h40.
Washington - A Casa Branca divulgou nesta sexta-feira parte de informações consideradas confidenciais sobre operações americanas contra o terrorismo no Iêmen e na Somália, ao reconhecer ao Congresso que realizou ''ações diretas'' contra membros da Al Qaeda nesses países.
''Em um número limitado de casos, as forças armadas dos Estados Unidos empreenderam ações diretas na Somália contra membros da Al Qaeda'', indica o relatório semestral sobre operações militares que a Casa Branca enviou hoje ao Congresso, e que se refere nos mesmos termos ao Iêmen.
Embora o relatório não mencione os aviões não tripulados que realizaram os ataques nos dois países, que foram encobertos pelo governo de Barack Obama, esta é a primeira referência pública da Casa Branca sobre as ofensivas.
A divulgação ocorre duas semanas depois do jornal ''The New York Times'' publicar um artigo afirmando que Obama autoriza pessoalmente quais serão os alvos das ações dos aviões não tripulados (''drones'') no Iêmen, Somália e Paquistão.
O relatório, assinado por Obama e dirigido aos presidentes de ambas as câmaras do Congresso, afirma que os Estados Unidos ''destinaram forças equipadas para o combate para auxiliar as defesas antiterroristas de seus aliados, incluídas operações especiais e outras forças para ações delicados em vários lugares do mundo''.
No caso da Somália, os Estados Unidos ''trabalharam para resistir à ameaça terrorista apresentada pela Al Qaeda'' e aos ''elementos relacionados'' com esse grupo na rede Al Shabaab, milícia que controla parte do país.
Em suas ''limitadas'' ofensivas, as Forças Armadas americanas atacaram também ''diretamente'' alvos de ambas redes terroristas, ''que estão desenvolvendo esforços para levar a cabo ataques terroristas contra os Estados Unidos'', diz o relatório de quatro páginas.
Além disso, o Pentágono trabalha com o Governo do Iêmen para ''desmantelar as operações e eliminar em último caso'' a Al Qaeda na Península Arábica (AQAP, na sigla em inglês), grupo que o relatório define como ''a filial mais ativa e perigosa da Al Qaeda hoje em dia''.
''Nossos esforços conjuntos (com o governo do Iêmen) resultaram em ações diretas contra um número limitado de operações da AQAP e seus líderes nesse país, que apresentavam um risco terrorista para os Estados Unidos e nossos interesses'', afirma o documento.
''Se é necessário, tomarei medidas adicionais contra a Al Qaeda, os talibãs e as forças associadas para proteger os cidadãos americanos e seus interesses'', disse Obama no documento.
O relatório se refere apenas às operações dirigidas pelas Forças Armadas, e não às da CIA, e resume também suas atividades no Afeganistão, África Central, Egito e Kosovo.
O último documento sobre operações militares internacionais, entregue ao Congresso em dezembro de 2011, não mencionava o Iêmen nem a Somália e afirmava que as atividades contra a Al Qaeda se concentravam especialmente nos países do Comando Central dos EUA, que cobre todo Oriente Médio e o centro da Ásia.
Washington - A Casa Branca divulgou nesta sexta-feira parte de informações consideradas confidenciais sobre operações americanas contra o terrorismo no Iêmen e na Somália, ao reconhecer ao Congresso que realizou ''ações diretas'' contra membros da Al Qaeda nesses países.
''Em um número limitado de casos, as forças armadas dos Estados Unidos empreenderam ações diretas na Somália contra membros da Al Qaeda'', indica o relatório semestral sobre operações militares que a Casa Branca enviou hoje ao Congresso, e que se refere nos mesmos termos ao Iêmen.
Embora o relatório não mencione os aviões não tripulados que realizaram os ataques nos dois países, que foram encobertos pelo governo de Barack Obama, esta é a primeira referência pública da Casa Branca sobre as ofensivas.
A divulgação ocorre duas semanas depois do jornal ''The New York Times'' publicar um artigo afirmando que Obama autoriza pessoalmente quais serão os alvos das ações dos aviões não tripulados (''drones'') no Iêmen, Somália e Paquistão.
O relatório, assinado por Obama e dirigido aos presidentes de ambas as câmaras do Congresso, afirma que os Estados Unidos ''destinaram forças equipadas para o combate para auxiliar as defesas antiterroristas de seus aliados, incluídas operações especiais e outras forças para ações delicados em vários lugares do mundo''.
No caso da Somália, os Estados Unidos ''trabalharam para resistir à ameaça terrorista apresentada pela Al Qaeda'' e aos ''elementos relacionados'' com esse grupo na rede Al Shabaab, milícia que controla parte do país.
Em suas ''limitadas'' ofensivas, as Forças Armadas americanas atacaram também ''diretamente'' alvos de ambas redes terroristas, ''que estão desenvolvendo esforços para levar a cabo ataques terroristas contra os Estados Unidos'', diz o relatório de quatro páginas.
Além disso, o Pentágono trabalha com o Governo do Iêmen para ''desmantelar as operações e eliminar em último caso'' a Al Qaeda na Península Arábica (AQAP, na sigla em inglês), grupo que o relatório define como ''a filial mais ativa e perigosa da Al Qaeda hoje em dia''.
''Nossos esforços conjuntos (com o governo do Iêmen) resultaram em ações diretas contra um número limitado de operações da AQAP e seus líderes nesse país, que apresentavam um risco terrorista para os Estados Unidos e nossos interesses'', afirma o documento.
''Se é necessário, tomarei medidas adicionais contra a Al Qaeda, os talibãs e as forças associadas para proteger os cidadãos americanos e seus interesses'', disse Obama no documento.
O relatório se refere apenas às operações dirigidas pelas Forças Armadas, e não às da CIA, e resume também suas atividades no Afeganistão, África Central, Egito e Kosovo.
O último documento sobre operações militares internacionais, entregue ao Congresso em dezembro de 2011, não mencionava o Iêmen nem a Somália e afirmava que as atividades contra a Al Qaeda se concentravam especialmente nos países do Comando Central dos EUA, que cobre todo Oriente Médio e o centro da Ásia.