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EUA denuncia como 'crimes de guerra' ataques russos recentes na Ucrânia

Durante uma entrevista coletiva, o general Milley também assinalou que é pouco provável que a Ucrânia consiga expulsar militarmente a Rússia de todo o território que ocupa no país

Milley: A Rússia "impõe uma campanha de terror, uma campanha de sofrimento máximo à população civil ucraniana, com o objetivo de derrotar o moral ucraniano" (AFP/Divulgação)
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AFP

Publicado em 16 de novembro de 2022 às 20h37.

Os ataques da Rússia contra a infraestrutura civil da Ucrânia constituem uma campanha de "terror" e "crimes de guerra", após o fracasso completo no campo de batalha, disse o chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, o general Mark Milley, nesta quarta-feira (16).

Durante uma entrevista coletiva, o general Milley também assinalou que é pouco provável que a Ucrânia consiga expulsar militarmente a Rússia de todo o território que ocupa no país.

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A Rússia "impõe uma campanha de terror, uma campanha de sofrimento máximo à população civil ucraniana, com o objetivo de derrotar o moral ucraniano", afirmou o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos Estados Unidos.

Muitos dos ataques russos recentes na Ucrânia, incluindo o bombardeio com dezenas de mísseis desta terça-feira, tiveram como alvo a infraestrutura energética do país.

"Atacar deliberadamente a rede elétrica civil, causando danos colaterais excessivos e sofrimento desnecessário à população, é um crime de guerra", assinalou Milley.

Esses ataques contra a infraestrutura civil aconteceram após uma série de fracassos das tropas russas no campo de batalha.

"Os ucranianos obtiveram sucesso após sucesso. E os russos falharam todas as vezes. Eles perderam estrategicamente, perderam operacionalmente e, repito, perderam taticamente", disse o general.

Não obstante, Milley assinalou que são pequenas as probabilidades de a Ucrânia conseguir, em breve, expulsar militarmente a Rússia de todo o seu território.

"A probabilidade de uma vitória militar ucraniana, expulsando os russos de todo o território da Ucrânia, incluindo a Crimeia, a probabilidade de que isso aconteça em breve não é alta", afirmou Milley, que, no entanto, não descartou a possibilidade de uma solução política para a retirada de Moscou.

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