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EUA: Cuba não tem requisitos para estar na Cúpula das Américas

Segundo o Departamento de Estado americano, falta liberdade política e democracia na ilha

O presidente de Cuba, Raúl Castro: país poderá participar da Cúpula como convidado (Adalberto Roque/AFP)

O presidente de Cuba, Raúl Castro: país poderá participar da Cúpula como convidado (Adalberto Roque/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2012 às 11h39.

Washington - O Governo americano assinalou nesta segunda-feira que Cuba não cumpre com os requisitos para participar da Cúpula das Américas, que será realizada em abril na Colômbia.

Em declarações à Agência Efe, Willian Ostick, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA para a América Latina, assinalou que 'deve haver melhorias significativas em matéria de liberdade política e democracia em Cuba antes que possa participar da Cúpula', que acontecerá em Cartagena das Índias nos dias 14 e 15 de abril.

A posição americana é a de 'apoiar o compromisso com a democracia apresentado pelas nações participantes da Cúpula, que foi estabelecido por consenso', disse em referência à declaração de Québec, assinada em 2011 na 3ª Cúpula das Américas.

A chanceler colombiana, María Ángela Holguín, anunciou nesta segunda-feira que buscará um consenso entre os países do continente para que Cuba assista à Cúpula na condição de convidado e analisará a questão na próxima quarta com a autoridades cubanas.

A Cúpula das Américas reúne os chefes de Estado e de Governo do continente para debater sobre temas de interesse mútuo. Dela participam os 34 países que atualmente integram a Organização dos Estados Americanos (OEA).

Em junho de 2009, durante a Assembleia Geral da OEA celebrada em Honduras, foi levantada a suspensão que excluía o Governo de Cuba desde 1962.

A resolução deixa claro que a participação de Cuba na OEA 'será o resultado de um processo de diálogo iniciado por solicitação do Governo da República de Cuba e de conformidade com as práticas, os propósitos e os princípios da OEA'.

Desta forma, a decisão de retornar ou não à OEA dependerá de Havana, que terá de ajustar-se aos valores democráticos e de direitos humanos que regem o máximo organismo hemisférico, entre outros instrumentos.

Cuba, por sua vez, reiterou sua rejeição em retornar ao organismo.

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