Pelo menos 120 pessoas morreram e 150 ficaram feridas em três ataques contra mesquitas xiitas na capital do Iêmen; investigadores analisam local de um dos ataques (REUTERS/ Mohamed al-Sayaghi)
Da Redação
Publicado em 20 de março de 2015 às 16h52.
Washington - Os Estados Unidos condenaram nesta sexta-feira a "brutalidade" dos atentados terroristas no Iêmen que deixaram pelo menos 120 mortos e que foi reivindicado pelo Estado Islâmico (EI), apesar de o governo americano não ter ainda evidências da conexão do grupo jihadista com esses ataques.
O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse em sua entrevista coletiva diária que "neste momento não há uma clara evidência de um vínculo operacional" entre o EI e os extremistas responsáveis pelos atentados no Iêmen.
Segundo Earnest, o fato de o grupo jihadista se responsabilizar por atentados como o de hoje é, "frequentemente, uma simples propaganda".
O porta-voz informou que os Estados Unidos ainda não têm provas para confirmar que esse grupo esteve por trás do atentado de quarta-feira em Túnis, quando morreram 23 pessoas, 20 delas turistas estrangeiros.
O que é certo, "o ataque de hoje evidencia que os cidadãos de toda a região, incluídos os muçulmanos, estão em perigo por causa da ideologia extremista do EI e de seus brutais atos de terror", ressaltou o porta-voz da Casa Branca.
Pelo menos 120 pessoas morreram e 150 ficaram feridas em três ataques contra mesquitas xiitas na capital do Iêmen, Sana, e em Saada, no norte do país.
Em mensagem divulgada pela rádio do EI, Al Bayan, transmitida pela internet, um locutor leu um comunicado do grupo que afirma que esses ataques fazem parte de "uma série de façanhas levadas a cabo diariamente pelos soldados do califado contra os inimigos de Alá e de sua religião".