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EUA: buscas por suspeito de massacre fazem milhares de pessoas no Maine ficarem confinadas

Até agora, o suspeito segue foragido

Ataque: FBI e policiais fortemente armados cercaram uma casa que pertence a família dele enquanto helicópteros sobrevoam o local (Joe Raedle/Getty Images)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 27 de outubro de 2023 às 07h06.

Nos Estados Unidos, caçada por Robert Card , suspeito pelo massacre que matou 18 pessoas no Maine continua. Nesta quinta-feira, 26, veículos blindados do FBI e policiais fortemente armados cercaram uma casa que pertence a família dele enquanto helicópteros sobrevoam o local. Até agora, no entanto, o suspeito segue foragido.

A Polícia informou que executa vários mandados de busca em Bowdoin, a pequena cidade onde o suspeito tem parentes e é vizinha a Lewiston, palco do massacre. Os policiais, no entanto, ainda não sabem se ele de fato está em algum desses endereços.

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A busca pelo suspeito já dura há um dia e forçou milhares de pessoas ao confinamento em Lewiston, e em todas as cidades do entorno em um raio de até 80 quilômetros. Escolas e comércios foram fechados e os moradores foram orientados a permanecer dentro de casa enquanto a polícia persegue o suspeito, considerado altamente perigoso e fortemente armado.

Na noite de quarta-feira, 25, o atirador abriu fogo primeiro em uma pista de boliche onde ocorria um torneio infantil, depois em um bar. Pelo menos 18 pessoas morreram e outras 13 ficaram feridas. A polícia identificou o suspeito como Robert Card, 40 anos, um instrutor de tiro que estava na Reserva do Exército e havia passado por uma instalação de treinamento no Maine.

O ataque da quarta-feira foi o 36º assassinato em massa nos Estados Unidos só este ano, de acordo com o banco de dados da Associated Press e do USA Today em parceria com a Northeastern University.

Discussão sobre a política de armas

Maine não exige licença para porte de armas, que são associadas a tradição local de caça e tiro esportivo. Em 2019, os legisladores chegaram a aprovar uma lei que torna obrigatória a exigência de uma avaliação médica de pessoas consideradas perigosas antes da retirada de armas. Os críticos, no entanto, apontam que essa é uma versão mais branda de regras já adotadas em outros estados.

Agora, enquanto a polícia continua em busca do atirador, a discussão sobre a política de armas volta à tona. O deputado Jared Golden, um democrata de centro do Maine, voltou atrás na sua posição de longa data e passou a defender a proibição das armas de assalto depois do ataque.

Ele, que é um veterano do Corpo de Fuzileiros Navais, chegou a romper com o partido nas votações sobre o tema. No ano passado, ele foi um dos cinco democratas que votaram contra a tentativa de reviver uma antiga lei para proibir armas de assalto, esforço de foi barrado no Senado.

"Chegou a hora de assumir a responsabilidade por este fracasso", disse Golden ao pedir "perdão" para a população de Lewiston e familiares das vítimas. Esse, no entanto, continua sendo um tema que divide os Estados Unidos, como foi visto na entrevista coletiva dos legisladores depois do massacre. Ao lado de Golden, a senadora Susan Collins, também do Maine, se manteve contra a proibição das armas de assalto. "Sempre tem algo mais que possa ser feito", justificou.

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