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EUA apreende em 2022 fentanil suficiente para matar toda a sua população

Segundo a agência americana de repressão e controle de narcóticos, o fentanil, que representava apenas uma pequena parcela das mortes por overdose há uma década, é agora "a droga que mais mata no país".

A droga é uma das que mais mata nos EUA (Getty Images/Getty Images)
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AFP

Publicado em 20 de dezembro de 2022 às 20h44.

As autoridades dos Estados Unidos confiscaram em 2022 mais fentanil que o necessário para matar toda a população do país, informou nesta terça-feira (20) a agência americana de repressão e controle de narcóticos, conhecida pela sigla DEA, reiterando o perigo que representa este opiáceo artificial.

A DEA declarou que havia apreendido 50,6 milhões de comprimidos falsos com receita que continham fentanil, além de 4,5 toneladas de fentanil em pó ao longo de 2022.

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Isto equivale a "mais de 379 milhões de doses potencialmente letais", estimou.

Segundo a agência, o fentanil, que representava apenas uma pequena parcela das mortes por overdose há uma década, é agora "a droga que mais mata no país".

"Trata-se de um opiáceo artificial altamente viciante, 50 vezes mais potente que a heroína. Apenas dois miligramas de fentanil, uma pequena quantidade que cabe na ponta de um lápis, já é considerada uma dose potencialmente letal", afirmou.

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Esta é a droga que está por trás da maioria das mais de 107.000 mortes por overdose registradas nos Estados Unidos entre julho de 2021 e junho de 2022, segundo dados oficiais.

Barato e relativamente fácil de se fabricar, o fentanil superou os opiáceos de venda restrita com receita médica e a heroína no mercado ilegal de drogas.

Segundo a DEA, os principais fornecedores de fentanil aos Estados Unidos são os cartéis mexicanos de Sinaloa e Jalisco.

A droga é fabricada no México com produtos químicos "procedentes, em grande parte, da China", segundo a informação divulgada pela agência.

Parte da droga é distribuída como remédios falsificados de venda restrita com receita médica, como Percocet, OxyContin e Xanax, segundo a fonte.

Por volta de 60% dos medicamentos falsificados que continham fentanil analisados pela DEA continham doses potencialmente letais da substância.

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