Barris de petróleo: desde que os EUA e a União Europeia adotaram estas medidas de pressão em 2011, as exportações de petróleo do Irã se reduziram em 60% (AFP)
Da Redação
Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 14h43.
Washington - Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira novas sanções contra indivíduos e empresas por realizar transações financeiras com o Irã, um gesto que remarca seu compromisso para deter o programa nuclear iraniano após o acordo de Genebra.
"Estas ações deveriam ser um claro lembrete a empresas, bancos e executivos no mundo todo de que continuaremos aplicando sem descanso nossas sanções, inclusive quando exploramos a possibilidade de uma resolução integral e de longo prazo a nossas preocupações sobre o programa nuclear do Irã", afirmou David Cohen, subsecretário Inteligência Financeira e Terrorismo do Tesouro.
Cohen detalhou em comunicado que o acordo de Genebra "não interfere, nem o fará", nos esforços iniciados por Washington "para expor e entorpecer àqueles que apoiam o programa nuclear do Irã ou buscam evitar nossas sanções".
O acordo de Genebra, selado no último dia 24 de novembro entre Irã e o grupo 5+1 (EUA, Rússia, França, Reino Unido, China e Alemanha), concede um alívio temporário para o Irã em troca da neutralização de seu arsenal de urânio enriquecido e permissão de acesso diário de inspetores internacionais a instalações iranianas.
As sanções anunciadas nesta quinta-feira são as primeiras após este pacto, que foi recebido com ceticismo por certos setores do Congresso dos Estados Unidos que buscam aumentar a pressão sobre Teerã.
Desde que os Estados Unidos e a União Europeia adotaram estas medidas de pressão em 2011, as exportações de petróleo do Irã se reduziram em 60%.
O anúncio acontece um dia depois que o secretário de Estado, John Kerry, e o secretário do Tesouro, Jack Lew, se reuniram a portas fechadas no Capitólio com congressistas americanos para explicar a estratégia da administração do presidente Barack Obama.