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EUA ameaçam aplicar novas sanções caso a Rússia não mude sua postura

Embora Trump diga que gostaria de ter laços melhores com a Rússia, as relações entre países piorou depois de seu encontro com Putin no mês passado

Trump e Putin: dois comitês do Senado realizaram audiências sobre a Rússia nesta terça-feira (Kevin Lamarque/Reuters)
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Reuters

Publicado em 21 de agosto de 2018 às 15h34.

Washington - Washington está preparada para provocar muito mais sofrimento econômico à Rússia se esta não mudar seu comportamento, disseram autoridades do governo Trump nesta terça-feira, quando parlamentares dos Estados Unidos pediram medidas mais fortes de contraposição às atividades russas "malignas".

"Embora as atividades malignas da Rússia continuem, acreditamos que seu espírito aventureiro sem dúvida foi contido pelo conhecimento de que podemos causar muito mais sofrimento econômico usando nossa gama poderosa de autoridades - e que não hesitaremos em fazê-lo se sua conduta não mudar visível e significativamente", disse o vice-secretário interino do Tesouro, Sigal Mandelker, ao Comitê Bancário do Senado.

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O presidente dos EUA, Donald Trump, vem repetindo que gostaria de ter laços melhores com Moscou. Mas, embora ele tenha se reunido com o presidente russo, Vladimir Putin, no mês passado, as relações entre os dois países se tensionaram ainda mais.

Membros do Congresso, cujas duas câmaras são controladas pelos republicanos de Trump, pediram mais ação - inclusive ameaçando com sanções "infernais" - para punir a Rússia por medidas como a anexação da Crimeia, o envolvimento na guerra civil da Síria e ataques cibernéticos para influenciar eleições norte-americanas.

Dois comitês do Senado realizaram audiências simultâneas sobre a Rússia nesta terça-feira, nas quais alguns parlamentares repreenderam autoridades do governo por não responderem devidamente as suas perguntas, enviarem mensagens conflitantes e fazerem pouco para mudar o comportamento da Rússia.

Tanto republicanos quanto democratas do Congresso criticaram Trump, particularmente depois de sua cúpula com Putin em Helsinque no mês passado, por não se impor diante de Moscou em uma série de questões, inclusive o que veem como a omissão de Trump em responsabilizar o presidente russo pela interferência de Moscou na eleição de 2016.

Na noite de segunda-feira a Microsoft disse que hackers ligados ao Kremlin tentaram lançar ataques cibernéticos contra o Senado e centros de estudo conservadores, alertando para ataques mais amplos antes das eleições parlamentares de novembro.

O Kremlin rejeitou as alegações da Microsoft e disse não haver provas para sustentá-las.

Separadamente, o Departamento do Tesouro impôs novas sanções a dois russos, uma empresa russa e uma eslovaca por ações que disse terem ajudado outra companhia russa a evitar sanções ligadas a atividades de natureza cibernética.

Também anunciou sanções a duas companhias de navegação russas e seis embarcações que, segundo ele, estavam envolvidas na transferência de produtos refinados de petróleo para navios norte-coreanos, violando as restrições da ONU.

O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, disse nesta terça-feira que as novas sanções norte-americanas são infundadas, prometendo uma resposta de Moscou.

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