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EUA, Alba e Arábia Saudita emitem reservas sobre Fundo Verde

Oposição ao mecanismo travou as negociações, apesar do apoio da Europa e do Japão ao fundo

Sul-africanos passam por baobá enfeitado com luzes alimentadas com energia renovável em Durban (Alexander Joe/AFP)

Sul-africanos passam por baobá enfeitado com luzes alimentadas com energia renovável em Durban (Alexander Joe/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2011 às 11h56.

Durban, África do Sul- A criação do Fundo Verde, concebido para financiar os países em desenvolvimento com a finalidade de ajudá-los a enfrentar as mudanças climáticas, sofreu contratempos na conferência da ONU em Durban, África do Sul, pela oposição de alguns países que emitiram reservas.

Embora a maioria dos quase 200 países com representantes na conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas que começou esta segunda-feira em Durban se pronunciaram favoráveis a uma aprovação rápida do Fundo Verde, cujo princípio foi adotado no fim de 2010 em Cancún (México), Estados Unidos, Arábia Saudita e Venezuela, em nome da Alternativa Bolivariana para a América (Alba), emitiram reservas por diferentes motivos.

Este Fundo Verde deve fornecer financiamento a partir de 2013 e aumentar periodicamente até 2020, ano em que os países industrializadaos prometeram destinar por ano US$ 100 bilhões aos países em desenvolvimento para que possam enfrentar as mudanças climáticas.

Mas os Estados Unidos, a Venezuela em nome da Alba, e Arábia Saudita não quiseram adotar esta quarta-feira um relatório estabelecido por um "comitê transitório" que, há um ano, elabora as bases do mecanismo.

O negociador americano, Jonathan Pershing, informou durante a sessão que a proposta do comitê era "precipitada" e continha "erros e incoerências".

"Se estiver bem concebido, o 'Fundo Verde' poderia tornar-se uma instituição mundial essencial no financiamento do clima", acrescentou.

A Venezuela, em nome da Alba, se opôs ao papel acertado pelo Banco Mundial à gestão do Fundo, enquanto a Arábia Saudita destacou que os recursos deveriam ser públicos.

A maioria dos delegados, em particular os da União Europeia, de Japão e da Austrália, insistiram na importância de fazer com que esta ferramenta fosse operacional em Durban.

A presidente da sessão, a chanceler sul-africana, Maite Nkoana-Mashabane, suspendeu a decisão sobre o tema à espera de consultas informais a portas fechadas.

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