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EUA admitem provável envolvimento em morte de civis em Mosul

Um dos generais americanos responsáveis pela ação disse que "um funcionário oficial foi designado para liderar a investigação sobre o ocorrido"

Mosul: os EUA estão auxiliando o exército iraquiano em uma grande ofensiva para recuperar o controle de Mosul (Zohra Bensemra/Reuters)
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AFP

Publicado em 28 de março de 2017 às 16h00.

Última atualização em 28 de março de 2017 às 16h04.

A coalizão militar liderada pelos Estados Unidos "provavelmente" teve um papel no ataque aéreo que matou vários civis na cidade iraquiana de Mosul, declarou nesta terça-feira o general americano das operações contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI).

"Provavelmente tivemos um papel nessas baixas", admitiu o general Stephen Townsend sobre o bombardeio de 17 de março.

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O oficial mencionou a possibilidade de um "acidente" de combate e lembrou que "um funcionário oficial foi designado para liderar a investigação sobre o ocorrido".

No domingo, o chefe das forças americanas no Oriente Médio, o general Joseph Votel, havia dito que a morte de civis no bombardeio de 17 de março foi "uma terrível tragédia".

As forças iraquianas, apoiadas pelos bombardeios aéreos da coalizão internacional contra o Estado Islâmico, estão envolvidas em uma grande ofensiva para recuperar o controle de Mosul, a segunda maior cidade do país.

Na segunda-feira, o Pentágono anunciou que analisaria mais de 700 vídeos de ataques aéreos da coalizão contra o oeste de Mossul para esclarecer as informações.

Segundo o governador da região, Nawfal Hammadi, "mais de 130 civis" foram mortos em ataques aéreos que se estenderam por vários dias no bairro de Al-Jadida de Mosul, especialmente no realizado no dia 17 de março.

E nesta terça-feira, um porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Rupert Collville, declarou em Genebra que mais de 300 civis morreram do dia 17 de fevereiro ao dia 22 de março na ofensiva contra combatentes do EI, especialmente em Mosul.

Cerca de 600.000 pessoas continuam nas zonas que ainda não foram recuperadas pelas forças iraquianas na parte oeste de Mosul (cerca de 60%), entre as quais 400.000 seguem no centro histórico, segundo a ONU.

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