EUA acusam Putin de ter plano imperialista para apagar Ucrânia do mapa
Secretário Antony Blinken discursou no OSCE que acontece em Malta
Agência de Notícias
Publicado em 5 de dezembro de 2024 às 10h59.
Última atualização em 5 de dezembro de 2024 às 11h03.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken,acusou nesta quinta-feira, 5, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, de ter “um projeto imperialista para apagar a Ucrânia do mapa”e denunciou a escalada da guerra representada pelo envolvimento de tropas enviadas pela Coreia do Norte.
Durante seu discurso no Conselho Ministerial da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), realizado em Malta, Blinken lembrou que já em 2008 Putin declarou que a Ucrânia não era um Estado e que seis anos depois ocorreu a “anexação ilegal” da península ucraniana da Crimeia.
O chefe da diplomacia americana participou da sessão plenária desta reunião, que termina amanhã, na qual também esteve presente o ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov.
EUA autorizam novo pacote de ajuda de US$ 725 milhões para a UcrâniaÉ a primeira vez que Lavrov põe os pés em um país da União Europeia (UE) desde a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.
Apesar de ter sido sancionado pela UE, o ministro russo recebeu permissão para participar neste fórum, um dos últimos em que a Rússia e o Ocidente se sentam à mesma mesa.
O ministro russo saiu da sala pouco depois de fazer um discurso no qual disse que a OSCE perdeu sua utilidade.
EUA promete 'resposta firme' à presença de tropas norte-coreanas no conflito da UcrâniaAlém disso, advertiu para um renascimento da Guerra Fria, o que, segundo disse, implica “um risco muito maior de passar para seu estado quente”.
“Lamento que o nosso colega Lavrov tenha saído da sala sem a cortesia de nos ouvir como nós o ouvimos”, disse Blinken, que acusou seu homólogo russo de ser um disseminador de desinformação.
Blinken afirmou ainda que a Rússia é a culpada pela escalada da guerra na Ucrânia, e citou como exemplos o uso de tropas norte-coreanas e os ataques à infraestrutura energética da Ucrânia, incluindo suas instalações nucleares, algo que "representa uma ameaça para todos os países nesta sala”.