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Estudantes podem ocupar escritórios do governo em Hong Kong

Dirigente de federação de estudantes disse que há planos para ocupar escritórios governamentais em Hong Kong

Manifestantes em Hong Kong: "vamos aumentar intensidade dos protestos", diz representante (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2014 às 08h55.

Hong Kong - Um dos dirigentes da Federação de Estudantes de Hong Kong afirmou nesta terça-feira que o nível do protesto nas ruas da cidade será aumentado e que há planos para ocupar escritórios governamentais.

"Vamos aumentar a intensidade dos protestos desde o dia 2", na próxima quinta-feira, disse Chow Wing Hong, um dos secretários gerais da federação, em um discurso perante a imprensa junto a Chan Kin Man, confundador do movimento Occupy Central.

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Perguntado sobre quais são os planos, Chow respondeu que "há planos de ocupar escritórios do governo", embora sem oferecer mais detalhes.

Ambos voltaram a pedir a renúncia do chefe executivo de Hong Kong, Cy Leung, e que sejam garantidas eleições para o novo líder da cidade, em 2017, plenamente democráticas.

"Estamos muito descontentes" com o que disse Leung, afirmou Chow à imprensa nos arredores da sede do governo local de Hong Kong, na zona de Admiralty.

Os convocadores do protesto esperam que este aumente em intensidade e em número de participantes durante as próximas horas, dado que amanhã é feriado de 1 de outubro, quando o governo chinês irá comemorar o 65° aniversário da chegada ao poder do Partido Comunista e a fundação da República Popular.

"Temos que resistir e temos as condições para fazer isso", manifestou Chan Kin Man.

O número de pessoas que permaneciam nas ruas para protestar de forma pacífica em favor de uma eleição totalmente democrática em 2017 reduziu drasticamente desde esta madrugada, mas aumentou de novo durante a tarde, aparentemente depois que muitos voltaram de seus empregos ou descansaram.

Segundo Chan, hoje começou a chegar ajuda médica a vários pontos do protesto e mais de dois mil voluntários ofereceram este mesmo tipo de auxílio.

Vários estudantes de Medicina voluntários disseram à Agência Efe que foram ao protesto para ajudar os cidadãos, embora sem assumir uma posição pelas reivindicações políticas dos manifestantes.

"Nos devemos manter neutros", afirmou um deles.

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