Mundo

Estados Unidos impõem sanções a petroleiro do Irã

País afirma que possui "informações confiáveis" de que a embarcação está indo para a Síria

Desde sua liberação por Gibraltar, o petroleiro está navegando pelo Mediterrâneo sem que seja conhecido seu destino. (Stringer/Reuters)

Desde sua liberação por Gibraltar, o petroleiro está navegando pelo Mediterrâneo sem que seja conhecido seu destino. (Stringer/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 31 de agosto de 2019 às 13h10.

Última atualização em 31 de agosto de 2019 às 13h10.

Os Estados Unidos impuseram sanções ao petroleiro iraniano Adrian Darya-1, liberado por Gibraltar há quase duas semanas, e agora afirmam que possuem "informações confiáveis" de que a embarcação está indo para a Síria, desafiando sanções internacionais contra o regime de Bashar al-Assad.

"Temos informações confiáveis segundo as quais o petróleo está a caminho de Tartus, na Síria", escreveu no Twitter na noite de ontem (30) o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo.

A punição atinge tanto o petroleiro quanto o capitão do navio. Num próximo passo, o governo americano pode vir a determinar medidas de retaliação contra portos e empresas que tenham negócios envolvendo o cargueiro.

"Isso serve de lição para todo aquele tentado a apoiar o petróleo iraniano em movimento destinado ao regime assassino de Assad", escreveu no Twitter John Bolton, secretário de Segurança Nacional do presidente americano, Donald Trump.

O cargueiro, que era anteriormente chamado de Grace-1 e que transporta 2,1 milhões de barris de petróleo, carga avaliada em 130 milhões de dólares, foi detido em 4 de julho perto da costa de Gibraltar, por suspeitas de que transportava petróleo destinado à Síria, violando um embargo da União Europeia (UE). A apreensão acabou elevando as tensões entre o Reino Unido e o Irã, com Teerã negando qualquer violação.

Impasse

Em 18 de agosto, o navio recebeu permissão para zarpar, apesar de uma intervenção do Departamento de Justiça dos EUA, que pediu que o petroleiro permanecesse retido, pedido rejeitado pelo governo de Gibraltar, que alegou não poder deter o superpetroleiro porque as sanções dos EUA contra o Irã não são aplicáveis na União Europeia.

As autoridades britânicas asseguraram que haviam decidido liberar o navio depois que o Irã se comprometera a não enviar a carga para a Síria.

Desde sua liberação por Gibraltar, o petroleiro está navegando pelo Mediterrâneo sem que seja conhecido seu destino, embora o Irã tenha dito na segunda-feira que havia vendido o petróleo que o navio transporta.

Na sexta-feira, de acordo com o site de monitoramento Marine Traffic, o Adrian Darya-1 estava a noroeste de Chipre, aparentemente a caminho da Turquia.

O Ministério do Exterior turco disse que o navio estaria a caminho do Líbano. As autoridades libanesas garantiram, no entanto, que não haviam recebido nenhum pedido para desembarcar o petroleiro iraniano. Informou-se, depois, que o navio não atracaria em um porto libanês, mas que estava se dirigindo para "as águas territoriais do país".

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Irã - País

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua