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Estado Islâmico reivindica atentado que deixou 63 mortos no Afeganistão

O ataque do Estado Islâmico aconteceu na noite deste sábado (17) durante um casamento em Cabul; mais de 100 pessoas ficaram feridas

Afeganistão: o Estado Islâmico afirmou que o ataque tinha como alvo a minoria xiita do país (Omar Sobhani/Reuters)
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EFE

Publicado em 18 de agosto de 2019 às 09h26.

Cabul — O grupo jihadista Estado Islâmico reivindicou neste domingo a autoria do atentado suicida que matou 63 pessoas e deixou 182 feridas na noite de sábado, durante um casamento em Cabul, no Afeganistão , ataque que despertou uma onda de indignação e do qual os talibãs logo se desvincularam.

Em comunicado divulgado pela rede social Telegram, cuja veracidade não pôde ser comprovada independentemente, o EI explicou que primeiramente um suicida identificado como Abu Asem al Pakistani detonou os explosivos que carregava. Depois, um carro-bomba explodiu.

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"Quando as forças de segurança chegaram ao local, os mujahidines (combatentes) detonaram um carro-bomba estacionado, o que deixou 400 mortos e feridos entre os renegados e os membros apóstatas das tropas afegãs", afirmou o grupo extremista.

De acordo com o Estado Islâmico, o alvo do atentado foi "uma grande concentração de renegados politeístas", em aparente referência à minoria xiita do país, frequentemente alvo de ataques sectários dos jihadistas, especialmente comunidade hazara fiel a esse ramo do islã.

O grupo também divulgou uma suposta foto de Pakistani com o símbolo do EI-Khorasan (EI-K, o braço afegão do grupo), na qual aparece com o rosto coberto, um colete cheio de explosivos e portando um fuzil de assalto.

O fato ocorreu por volta das 22h40 (15h10 em Brasília) de sábado, quando um suicida detonou os explosivos que carregava em um salão de festas.

Ferdawas Faramarz, porta-voz da polícia na capital, confirmou à Agência Efe que "63 pessoas morreram e outras 182 ficaram feridas, incluindo mulheres e crianças, no ataque suicida da noite passada em Cabul".

A autoria do atentado não foi reivindicada por nenhum grupo extremista inicialmente, e os talibãs utilizaram as redes sociais para esclarecer que nada tiveram a ver com o ataque.

"O Emirado Islâmico (como se autodenominam os talibãs) condena firmemente a explosão contra civis em um hotel da cidade de Cabul. Este tipo de atentado deliberadamente bárbaro contra civis, incluindo mulheres e crianças, são proibidos e injustificáveis", disse o porta-voz do movimento rebelde, Zabihullah Mujahid.

O canal de televisão afegão "Tolo" exibiu imagens dos enterros de algumas das vítimas neste domingo, e o salão de festas amanheceu com os tetos e paredes destroçados pela explosão. A ação gerou uma onda de indignação entre a população afegã.

O chefe do governo do Afeganistão, Abdullah Abdullah, classificou o atentado como "odioso e desumano" e enviou suas condolências às famílias das vítimas.

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