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Estado Islâmico detém mais de 50 ex-policiais em Mossul

Jihadistas detiveram ex-policiais e antigos membros dos serviços de segurança na cidade iraquiana de Mossul


	Jihadistas do Estado Islâmico: EI ocupou Mossul no último dia 10 de junho
 (Reuters)

Jihadistas do Estado Islâmico: EI ocupou Mossul no último dia 10 de junho (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2014 às 11h25.

Mossul - Os combatentes do Estado Islâmico (EI) detiveram nesta sexta-feira pelo menos 53 ex-policiais e antigos membros dos serviços de segurança em vários bairros da cidade de Mossul, no norte do Iraque, informou à Agência Efe uma fonte de segurança.

O autodenominado comandante da "polícia islâmica" na província de Ninawa, Mohammed Hassan Asuad "Sadiq", ordenou na manhã de hoje a detenção de antigos funcionários da polícia iraquiana que combateram o EI em Mossul no início de junho, quando os jihadistas lançaram sua ofensiva sobre a cidade.

As forças especiais da polícia enfrentaram os radicais durante quatro dias e sem qualquer apoio das forças de segurança de Ninawa, o que, junto a falta de comando do Exército, permitiu que o EI ocupasse Mossul no último dia 10 de junho.

A fonte acrescentou que a polícia islâmica deteve os 53 ex-policiais nos bairros de Al Muzanna, Al Zuhur, Darkzalia e na região de Wadi al Hayar, no centro de Mossul, e conduziram os mesmos para um lugar desconhecido.

"Sadiq", como é conhecido, chegou a ser detido pelas forças americanas em 2007, quando foi pego em sua casa e passou três anos preso.

No entanto, após deixar a prisão, "Sadiq" recebeu treinamento em um campo militar no leste de Mossul e assumiu a autoria de alguns dos piores crimes contra as forças da segurança na região.

A fonte explicou que o Estado Islâmico, quando ocupou Mossul, outorgou um "indulto" geral aos policiais da cidade, sempre que estes apresentassem seu arrependimento por ter trabalhado com o governo iraquiano.

O Estado Islâmico declarou no final do junho passado um "califado" nos territórios dominados entre o norte do Iraque e a Síria, impondo uma interpretação radical da lei islâmica, mudando o sistema educacional e obrigando às mulheres a usarem o véu niqab, que só deixa os olhos a mostra.

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