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Esquerda sofre duro golpe na eleição a presidente da Itália

Prodi obteve 305 votos dos 504 necessários, motivo pelo qual as votações para substituir o atual chefe de Estado devem continuar no sábado.

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2013 às 18h29.

A esquerda italiana sofreu uma derrota fragorosa nesta sexta-feira com o fracasso da candidatura do ex-primeiro-ministro Romano Prodi na quarta rodada de votações no Parlamento, marcada pelo clima de confronto político interno que paralisa a terceira economia da Europa.

Prodi obteve 305 votos dos 504 necessários, motivo pelo qual as votações para substituir o atual chefe de Estado, o ex-comunista Giorgio Napolitano, devem continuar no sábado.

Considerado o grande favorito, o ex-presidente da Comissão Europeia perdeu 100 votos de seu próprio campo, e seu nome sai completamente queimado.

Essa derrota causou o delírio da direita e está gerando um verdadeiro terremoto dentro do Partido Democrático (PD), a maior formação da esquerda, que acumula outro grande fracasso.

O próximo chefe de Estado, que substituirá Giorgio Napolitano, cujo mandato termina em 15 de maio, terá a difícil tarefa de traçar uma saída política para a paralisia e confusão em que o país ficou mergulhado, após as eleições legislativas realizadas há 50 dias. Até o momento, nenhum partido conseguiu formar uma aliança de governo.

O rebelde Movimento 5 Estrelas, do humorista anti-sistema Beppe Grillo, continua apoiando o renomado jurista Stefano Rodotá, um intelectual conhecido por sua independência - o que não é apreciado pela direita.

Por tradição, o candidato ao posto mais importante e estável do país, com mandato de sete anos, é uma personalidade acima dos partidos.

Como um gesto de protesto, os parlamentares da direita não participaram da quarta rodada, uma decisão sem precedentes na história da República.

"Não votamos, não era democrático", sentenciou Silvio Berlusconi, inimigo histórico de Prodi.


A candidatura do grande rival de Berlusconi, o único que venceu duas eleições (em 1996 e em 2006), deflagrou uma onda de manifestações entre os parlamentares de direita, que foram às ruas protestar com camisetas com slogans contrários a Prodi.

"Não respeitaram os compromissos. Mudaram as cartas na mesa. Não são confiáveis", protestou Berlusconi, com quem Prodi mantém péssimas relações nos últimos 20 anos.

"É uma pessoa que divide. Os comunistas são realmente incorrigíveis", afirmou Renato Brunetta, porta-voz no Parlamento do partido de Berlusconi, o Povo da Liberdade (PdL).

Prodi foi escolhido como resposta à ruptura na esquerda, na quinta-feira, por ter acertado com Berlusconi a candidatura de Franco Marini, um ex-sindicalista católico, expoente da chamada "elite" política.

"O PD acabou. A esquerda se destruiu", afirmou Maurizio Lupi, parlamentar do PdL.

Frente ao caos no PD, setores moderados de centro ligados ao premier em final de mandato, Mario Monti, propõem para a Presidência a atual ministra do Interior, Anna Maria Cancellieri, que obteve 78 votos.

Berlusconi também quer apresentar sua lista de candidatos, mas ainda não divulgou nomes.

Para o diretor do jornal "La Stampa", Mario Calabresi, o secretário do PD, Pier Luigi Bersani, liderou uma operação caótica que, provavelmente, irá lhe custar o cargo. "Faltam coragem, ideias claras e uma boa comunicação a ele", resumiu Calabrasi.

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A esquerda italiana sofreu uma derrota fragorosa nesta sexta-feira com o fracasso da candidatura do ex-primeiro-ministro Romano Prodi na quarta rodada de votações no Parlamento, marcada pelo clima de confronto político interno que paralisa a terceira economia da Europa.

Prodi obteve 305 votos dos 504 necessários, motivo pelo qual as votações para substituir o atual chefe de Estado, o ex-comunista Giorgio Napolitano, devem continuar no sábado.

Considerado o grande favorito, o ex-presidente da Comissão Europeia perdeu 100 votos de seu próprio campo, e seu nome sai completamente queimado.

Essa derrota causou o delírio da direita e está gerando um verdadeiro terremoto dentro do Partido Democrático (PD), a maior formação da esquerda, que acumula outro grande fracasso.

O próximo chefe de Estado, que substituirá Giorgio Napolitano, cujo mandato termina em 15 de maio, terá a difícil tarefa de traçar uma saída política para a paralisia e confusão em que o país ficou mergulhado, após as eleições legislativas realizadas há 50 dias. Até o momento, nenhum partido conseguiu formar uma aliança de governo.

O rebelde Movimento 5 Estrelas, do humorista anti-sistema Beppe Grillo, continua apoiando o renomado jurista Stefano Rodotá, um intelectual conhecido por sua independência - o que não é apreciado pela direita.

Por tradição, o candidato ao posto mais importante e estável do país, com mandato de sete anos, é uma personalidade acima dos partidos.

Como um gesto de protesto, os parlamentares da direita não participaram da quarta rodada, uma decisão sem precedentes na história da República.

"Não votamos, não era democrático", sentenciou Silvio Berlusconi, inimigo histórico de Prodi.


A candidatura do grande rival de Berlusconi, o único que venceu duas eleições (em 1996 e em 2006), deflagrou uma onda de manifestações entre os parlamentares de direita, que foram às ruas protestar com camisetas com slogans contrários a Prodi.

"Não respeitaram os compromissos. Mudaram as cartas na mesa. Não são confiáveis", protestou Berlusconi, com quem Prodi mantém péssimas relações nos últimos 20 anos.

"É uma pessoa que divide. Os comunistas são realmente incorrigíveis", afirmou Renato Brunetta, porta-voz no Parlamento do partido de Berlusconi, o Povo da Liberdade (PdL).

Prodi foi escolhido como resposta à ruptura na esquerda, na quinta-feira, por ter acertado com Berlusconi a candidatura de Franco Marini, um ex-sindicalista católico, expoente da chamada "elite" política.

"O PD acabou. A esquerda se destruiu", afirmou Maurizio Lupi, parlamentar do PdL.

Frente ao caos no PD, setores moderados de centro ligados ao premier em final de mandato, Mario Monti, propõem para a Presidência a atual ministra do Interior, Anna Maria Cancellieri, que obteve 78 votos.

Berlusconi também quer apresentar sua lista de candidatos, mas ainda não divulgou nomes.

Para o diretor do jornal "La Stampa", Mario Calabresi, o secretário do PD, Pier Luigi Bersani, liderou uma operação caótica que, provavelmente, irá lhe custar o cargo. "Faltam coragem, ideias claras e uma boa comunicação a ele", resumiu Calabrasi.

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