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Espanha processa ex-chefe da polícia catalã por organização criminosa

Trapero também é acusado de insurreição ao se unir a milhares de manifestantes para impedir a saída de agentes da Guarda Civil que faziam uma revista

Segundo a juíza espanhola, a "organização criminosa" era comandada pelo ex-presidente da Catalunha (Juan Medina/Reuters)
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EFE

Publicado em 5 de abril de 2018 às 09h14.

Madri - Uma juíza espanhola informou nesta quarta-feira que o ex-chefe da Polícia regional catalã (Mossos d'Esquadra) Josep Lluís Trapero será processado pelos delitos de organização criminosa e insurreição.

A juíza Carmen Lamela, da Audiência Nacional, percebeu sedição em fatos ocorridos entre 20 e 21 de setembro diante da Secretaria de Economia catalã, quando milhares de pessoas impediram a saída de uma comissão judicial com agentes da Guarda Civil que faziam uma revista.

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Além disso, fala da atuação dos Mossos em 1 de outubro, quando as autoridades independentistas catalãs auspiciaram uma consulta popular ilegal que suscitou em muitas queixas pela suposta falta de ação dos agentes da Polícia regional.

Pelos fatos de setembro já estão em prisão provisória acusados de insurreição soberanistas catalães como Jordi Cuixart e Jordi Sánchez, líderes de associações que convocaram a concentração perante a Secretaria de Economia durante a revista judicial.

Trapero é acusado de um delito de organização criminosa, assim como dois diretores dos Mossos, César Puig e Pere Soler.

A juíza Lamela considerou que os três integravam uma organização hierarquizada "sob uma direção comum em cuja topo" estava o ex-presidente regional da Catalunha Carles Puigdemont, que tinha como objetivo a realização de 1 de outubro e a declaração de independência de 27 de outubro.

Em 1 de outubro, reforços da Guarda Civil e da Polícia Nacional espanhola enviados pelo Ministério do Interior tiveram que agir em vários colégios onde se pretendia fazer a consulta, o que gerou incidentes e deixou alguns feridos.

Amparado nessa consulta do primeiro dia de outubro, o Parlamento regional aprovou, no dia 27, uma declaração unilateral de independência da Catalunha, cancelada depois pelo Tribunal Constitucional espanhol.

 

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